Hospedagens de luxo reabrem em Paris e tentam atrair clientela local

Em tempos normais, clientes franceses e europeus representam apenas 25% da clientela dos hotéis cinco estrelas da cidade

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Paris | AFP

Fechados há quase seis meses por causa da pandemia, hotéis de luxo de Paris voltam a abrir as portas.

Ainda sem clientes estrangeiros, os lugares esperam sobreviver atraindo parisienses para seus restaurantes e spas.

Um funcionário remove panos que cobriam móveis nos preparativos para a reabertura do hotel Crillon, em Paris
Um funcionário remove panos que cobriam móveis nos preparativos para a reabertura do hotel Crillon, em Paris - Geoffroy Van Der Hasselt -18.Ago/AFP

Por falta de reservas, a maioria desses estabelecimentos adiou a reabertura para setembro: menos de um em cada três hotéis cinco estrelas da capital francesa retomou a atividade, segundo a empresa especializada MKG Consulting, contra 68% das hospedagens do resto do país.

Ritz e Crillon foram os primeiros a voltar a funcionar, em 24 de agosto. Nesta terça-feira (1º), foi a vez dos hotéis Meurice e Plaza Athénée, assim como Bristol e Park Hyatt Paris-Vendôme. Outros, como o Lutetia, pretendem abrir dia 24.

“Para quem volta a funcionar há um risco real, pois estarão em níveis de frequentação muito baixos, 30% ou 20%, o que evidentemente não é suficiente para operar estabelecimentos tão grandes e que oferecem serviços de luxo: serviço de quarto 24 horas, serviço de concierge, manobrista”, diz Vanguélis Panayotis, presidente da consultoria MKG.

Em tempos normais, os clientes franceses e europeus representam apenas 25% da clientela dos hotéis cinco estrelas em Paris. Os outros três quartos vêm de Estados Unidos, Japão, China, Oriente Médio, Brasil e Rússia.

Em dez anos, o número de quartos em hotéis de luxo parisienses dobrou, chegando a 1.800 quartos, em comparação com 80 mil de todo o complexo hoteleiro da capital francesa.

Mas, além do Bulgari Hotel, que deve ser inaugurado em 2021, novos projetos provavelmente serão adiados.

Para atrair a clientela parisiense, o restaurante do Park Hyatt, Pur, que reabre no dia 16 de setembro, oferecerá aos clientes a oportunidade de criar seu próprio menu de 3, 6 ou 8 pratos assinado pelo chef Jean-François Rouquette.

O diretor do hotel Crillon abre a porta de entrada do estabelecimento durante a organização da reabertura
O diretor do hotel Crillon abre a porta de entrada do estabelecimento durante a organização da reabertura - Geoffroy Van Der Hasselt -18.Ago/AFP

“No momento só temos alguns quartos ocupados, mas esperamos que as reservas aumentem. Temos que ser positivos, mesmo que não tenhamos visibilidade para eventos como Roland Garros ou Fashion Week”, diz Claudio Ceccherelli, diretor-geral do Park Hyatt.

Para a Fashion Week, a gigante do luxo LVMH “que reservava 1.250 quartos, reserva agora 250”, explica François Delahaye, dono do Meurice e do Plaza Athénée. “Porque convidavam americanos e chineses, que agora não saem do seus países por causa da quarentena.”

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