Descrição de chapéu América Latina

Arredores de Cancún podem combinar ecoturismo, história e esportes aquáticos

Travessia de rios subterrâneos no Caribe mexicano está entre os passeios mais procurados

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Cancún

​Quem vai à região de Cancún e pretende não ter apenas uma breve estada pode planejar um intervalo na badalação do balneário caribenho recorrendo a opções de passeios aos arredores da cidade.

Um clássico da região são as excursões aos cenotes, labirintos aquáticos subterrâneos considerados sagrados na civilização maia. Outro dos passeios prediletos dos visitantes é a ida à Ilha Mulheres, a cerca de meia hora de barco da zona hoteleira e com águas de tonalidade impressionante.

No caso dos cenotes, há inúmeros parques privados que oferecem a travessia guiada e que ficam por volta de uma hora de estrada desde o balneário. Tours podem ser adquiridos em agências da região com traslado do hotel.

Os rios subterrâneos são uma das grandes atrações da península Iucatã, onde fica Cancún, atraindo pesquisadores de diversas partes do mundo também pela busca arqueológica e paleontológica.

Na tradição maia, esses rios subterrâneos serviam a rituais de renovação e purificação, além de abrigarem partos e sepultamentos. “A água de ontem não é a mesma de hoje”, conta o ditado da antiga cultura local.

As descobertas ainda estão em andamento: são milhares de cenotes pela região e tantos outros que ainda não foram identificados.

Em 2018, foram mapeados sistemas que formam aquela que foi considerada a maior caverna inundada do mundo, com 347 quilômetros de extensão, em Tulum, a duas horas de Cancún.

A reportagem esteve em um descoberto há apenas 18 anos, e posteriormente transformado em um parque privado, chamado Kantun-Chi.

Conta com um conjunto de piscinas naturais, subterrâneas ou não, de água límpida —mas geladíssima.

No tour do parque, o passeio pelos rios subterrâneos começa com uma descida, de alguns poucos metros de escada, em uma espécie de poço que dá acesso ao primeiro “salão” do passeio.

O trajeto é feito somente com guias. O local tem luminárias instaladas, e não é preciso levar lanternas.

Embaixo da terra, é possível observar uma profusão de estalactites (“cones” de rocha presos ao teto) e estalagmites (presos ao chão).

O parque fornece equipamentos como sapatilhas de neoprene para a travessia e capacetes. O uso de colete salva-vidas, obrigatório, facilita a vida de quem não é um bom nadador. A temperatura da água é suportável após alguns minutos de adaptação.

Mas deve-se manter toda a cautela ao percorrer as águas subterrâneas para evitar arranhões nas rochas. Em alguns momentos, os túneis, por dentro da água, são tão estreitos que requerem algum esforço para transpô-los, fazendo o turista “se espremer”.

O passeio é contraindicado a claustrofóbicos.

No Kantun-Chi, o trajeto subterrâneo dura por volta de uma hora. Após terminar o percurso, é possível visitar e nadar em outros cenotes do mesmo parque, estes ao ar livre, fora das cavernas.

O preço do ingresso, a partir de US$ 26, varia de acordo com o roteiro.

Também na linha Caribe não convencional, uma alternativa muito procurada é a visita a Chichén Itzá, sítio arqueológico da civilização maia mundialmente conhecido pela imagem de sua pirâmide.

O local, que abrigou o centro cultural e político dos maias até o século 13, fica a cerca de 200 km de Cancún.

Agências de turismo cobram o equivalente a cerca de R$ 600 por um passeio de um dia, com ida e volta, além da opção de visitar um cenote da região.

De volta à praia, é recomendável reservar ao menos um dos dias do roteiro para visitar a Ilha Mulheres, de sete quilômetros de extensão e que conta também com resorts e parques aquáticos.

Uma opção mais barata, em vez de contratar um passeio com agência de turismo, é fazer a travessia em um ferry-boat, que custa US$ 21 ida e volta.

No parque Garrafón, é possível praticar atividades como mergulho de superfície, tirolesa e passeio de caiaque.

Na ilha, também vale para contemplação a caminhada até o Acantilado del Amanecer, um trecho de penhascos à beira do mar onde fica seu ponto mais ao sul. Conhecido por ser um dos extremos de todo o território mexicano, o local é famoso também como ponto de celebração do Ano Novo.

Povoado por onipresentes iguanas, o Acantilado ainda inclui ruínas de um pequeno templo dedicado a cultuar a deusa maia da fertilidade.

O jornalista viajou a convite da Aeroméxico, do Conselho de Promoção Turística de Quintana Roo e do Grupo Posada

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