Comunidades no PA experimentam produção de chocolate e mingau de babaçu
Não é só madeira, ouro e gado que circulam pela Transamazônica paraense. Sob potentes ares-condicionados, uma fábrica está transformando em chocolate parte do cacau de Medicilândia, cidade a 537 km em linha reta de Belém, o maior produtor nacional da fruta. Perto de Uruará (a 635 km de Belém, em linha reta), a castanha-do-pará já sai da floresta embalada, e pequenos agricultores complementam a renda vendendo farinha de babaçu para escolas municipais.
Com o bombom de cupuaçu como carro-chefe, a cooperativa Cacauway funciona há seis anos às margens da rodovia, em Medicilândia. Matéria-prima não falta: no ano passado, o município, que tem um dos solos mais férteis da Amazônia, produziu quase 42 mil toneladas, o triplo da segunda colocada, a mais famosa Ilhéus (BA).
Atualmente, apenas a cooperativa, com 40 sócios e 15 funcionários, fabrica chocolate na região. Os números são ainda modestos: a unidade processa cerca de 22 toneladas de cacau/ano, e a produção é vendida apenas nas seis lojas próprias espalhadas pelo Estado do Pará.