Em quatro meses de pandemia de Covid-19, o desemprego no Brasil aumentou 27,6%, segundo o IBGE

Por isso, o anúncio do auxílio emergencial provocou uma corrida sem precedentes às agências da Caixa

Em Crateús (CE), cidade a 350 km de Fortaleza, a única agência da cidade ficou sobrecarregada com a demanda

A faxineira Francimeire Martins da Silva, 51, decidiu deitar no chão no começo de uma jornada de 12 horas para conseguir um atendimento na Caixa

Passadas as 12 horas, ela cruzaria a rua para pegar uma senha que só seria distribuída aos primeiros 200 da fila

Ela estava ali para garantir o saque do FGTS para o sogro do filho, mas aquela não era a primeira vez que enfrentava a fila

Wesley Lima, 27, também cansou de ficar sentado. Em vez de deitar no chão, instalou uma rede na calçada

Lima é pedreiro, mas perdeu o emprego na pandemia. Ele estava em busca de uma senha para sacar o auxílio de R$ 600

Em Crateús, a busca pelo atendimento gerou uma máfia da fila, que já virou alvo de fiscalização da Guarda Civil Metropolitana local

Funciona assim: pessoas entram na fila, ocupam lugares com objetos pessoais e depois vendem as senhas por até R$ 50

Francisco Ferreira da Silva, 25, que comercializa café para os madrugadores, fala sobre o esquema 

Após a passagem da Folha pela cidade, a Caixa informou que o sistema de atendimento foi aprimorado e que, agora, todos os clientes da agência são atendidos no mesmo dia

A Folha viajou pelo Brasil para mostrar como diferentes cidades reagiram à pandemia do novo coronavírus. Saiba o que aconteceu em Brumadinho (MG)

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TEXTOS

Dhiego Maia
Karime Xavier

IMAGENS

Karime Xavier/Folhapress, Rivaldo Gomes/Folhapress, CESARVR/Adobe Stock

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Ana Luísa Moraes

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