A cidade de São Tomé das Letras, no sul de Minas Gerais, é um ímã para hippies e esotéricos desde os anos 1970

Por causa da pandemia de Covid-19, o município fechou o comércio e passou a impedir a entrada de não residentes

A Casa da Pirâmide, cartão-postal da cidade, costumava ficar lotada. É de lá que os frequentadores dizem avistar óvnis à noite

Numa tarde de setembro, no entanto, havia apenas 15 moradores dispostos a ver a despedida do sol no local

A economia da cidade, totalmente dependente do turismo, sentiu o impacto das restrições 

O casal de artesãos Andresa Aparecida Araújo, 24, e Wellington Braga de Lima, 20, teve que se adaptar à pandemia

Optamos pelas redes sociais para expor nosso trabalho.  Tivemos até que abrir uma conta no banco

Andresa Aparecida Araújo, artesã

Uma juíza autorizou a reabertura da cidade, por força de liminar. A resolução passou a valer no dia 8 de outubro

A decisão levou parte da população a fazer panelaços em protesto. No dia 10 de outubro, a liminar foi derrubada

São Tomé não tem UTI e recorre à vizinha Três Corações, cujo sistema de saúde está sobrecarregado na pandemia

A empresária Benvinda Martorell Iborra, 60, fechou seus três restaurantes e, hoje, vive de empréstimos bancários

Mesmo assim, ela é contra a reabertura da cidade

Sérgio Xavier Neto, 28, um dos  empresários que pediu na Justiça a reabertura, conta que tem sido vaiado nas ruas 

"Se a vida não voltar, eu vou adoecer", diz. Dono de hostel e de uma cachoeira privada, conta que passou a vender álcool em gel 

A Folha viajou pelo Brasil para mostrar como diferentes cidades reagiram à pandemia do novo coronavírus. Saiba o que aconteceu em Florínea (SP) 

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TEXTOS

Dhiego Maia
Karime Xavier

IMAGENS

Karime Xavier/Folhapress, Renato.rastamgsp/CC

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes

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