Conheça a flor mais fedida do mundo

A flor mais fedida do mundo foi batizada de Amorphophallus titanum, que significa “pênis gigante malformado” —por causa de seu bulbo vertical amarelado

Já o apelido é “planta-cadáver”, por causa do fedor que a flor exala, parecido com o de carniça 

Algumas chegam a pesar 130 kg. O bulbo pode passar de 3 metros

Ela é uma espécie rara das florestas de Sumatra, uma ilha da Indonésia. Foi descoberta por um italiano, Odoardo Beccari, há mais de 200 anos

A flor é, na verdade, uma inflorescência. A enorme pétala é uma folha que protege várias florzinhas, presas na base do bulbo comprido

O fedor cumpre um papel importante na reprodução da planta: ele atrai insetos que gostam de bicho morto

Pensando que vão achar carniça, os insetos entram na inflorescência e ficam com o corpo coberto de pólen. Depois, voam atrás do fedor de uma outra planta, e deixam o pólen cair sobre as flores femininas

Fertilizadas, as florzinhas se transformam em frutos vermelhos, que são comidos por pássaros. Finalmente, as aves espalham as sementes ao fazer cocô

A floração só acontece uma vez a cada três anos, mais ou menos, e dura no máximo três dias

A flor-cadáver ficou em risco de desaparecer quando as florestas de Sumatra foram desmatadas. Por isso, ela passou a ser cultivada em estufas, e hoje em dia está em 76 jardins botânicos do mundo

Ana Estela de Sousa Pinto, repórter da Folha, visitou um desses jardins. Em Meise, na Bélgica, ela conseguiu sentir pessoalmente o tal fedor

De acordo com a jornalista, algumas crianças afirmaram que o cheiro estava mais para queijo velho ou peixe podre

Para ela, a flor mais fedida do mundo tem, na verdade, um cheiro bem forte de chulé

O processo de polinização, imprescindível para  reprodução das plantas, é realizado principalmente por abelhas. Saiba mais sobre o papel desses insetos nos ciclos da natureza: 

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TEXTOS

Ana Estela de Sousa Pinto

IMAGENS

National Botanic Garden of Belgium/Divulgação, PBS
Digital Studios/Giphy, 
jenesesimre/Adobe Stock, 
Ana Estela de Sousa Pinto/Folhapress

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes