A invasão russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, aumentou a tensão entre o país liderado por Vladimir Putin e os membros da União Europeia por conta da questão energética
A Rússia é responsável pelo fornecimento de cerca de 40% do gás importado pelo bloco. O combustível é usado na indústria e no aquecimento das casas europeias durante o inverno
A maior parte desse gás é vendida pelo Nord Stream 1, um gasoduto que atravessa o Mar Báltico
Nesse sistema, o gás sai de Viborg, na Rússia, e viaja por 1.224 km até Griefswald, no nordeste da Alemanha. De lá, ele é distribuído para a rede europeia
Um ramal gêmeo do gasoduto, chamado Nord Stream 2, foi inaugurado em setembro de 2021, mas nunca entrou em operação. Devido à guerra, sua licença foi congelada pelo premiê alemão Olaf Scholz
Cada um dos dutos tem capacidade para transportar 27,5 bilhões de m³ de gás natural por ano
Os operadores da Nord Stream ficam em um centro de controle em Zug, na Suíça, e observam por lá os processos e parâmetros de segurança do sistema, 24 horas por dia
Mas, em setembro de 2022, a Rússia interrompeu o fluxo de gás pelo Nord Stream 1, a poucos meses do inverno no hemisfério norte
A Gazprom, empresa que controla o sistema, disse que o sistema teve um vazamento e precisava de manutenção
O Kremlin afirmou que a interrupção era responsabilidade apenas do Ocidente, porque as sanções impostas à Rússia devido à Guerra da Ucrânia impediriam a manutenção adequada da infraestrutura do setor
Mas as autoridades ocidentais rejeitaram essa alegação e acusaram a Rússia de interromper o gás para ganhar poder de barganha na guerra