Pipoca, cachorro quente, quentão e canjica. Quem não gosta de festa junina?
As festas acontecem em celebração a três santos da igreja católica: santo Antônio (13 de junho), são João Batista (24) e são Pedro (29)
Mas existem registros de celebrações no mês de junho bem antes da cultura católica. No hemisfério norte se comemora o solstício de verão entre os dias 21 e 22 de junho
Diversas culturas utilizam a data para fazer rituais pedindo fartura nas colheitas e fertilidade para as mulheres
Na era cristã, a igreja adaptou as festas pagãs à comemoração do dia de são João, em 24 de junho, por ocorrer também próxima ao solstício de verão no hemisfério Norte
No Nordeste brasileiro, esse é o período das colheitas de milho e de feijão, explica João Dantas, ex-coordenador de cultura de Campina Grande. "A festa tem origem rural, uma cerimônia de comemoração das colheitas"
Segundo a crendice popular, os santos juninos (são João, santo Antônio e são Pedro) afugentam a esterilidade, as pestes e a seca
As festas aqui no Brasil misturam influências negra, indígena (nas comidas), ibérica (nas roupas) e até francesa (na origem da quadrilha), afirma Dantas
Ele diz que a tradicional fogueira tem um significado bíblico. "Quando João Batista nasceu, seus pais, Izabel e Zacarias, acenderam uma fogueira para comunicar a José e Maria, grávida de Jesus, o nascimento", conta
Já a antropóloga Lúcia Helena Vitalli Rangel aponta que a fogueira era acesa, desde os tempos antigos, para afastar os maus espíritos que podiam impedir a fertilidade das terras
A comemoração é diferente nas regiões do Brasil. Mas ao som de forró, baião ou sertanejo, precisamos concordar: é uma das melhores épocas do ano
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Turismo/Folha Rebeca Oliveira
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