Quem é o rapper Emicida?

Leandro Roque de Oliveira, nome de batismo de Emicida, lançou sua primeira mixtape em 2009

Desenhou a capa a mão e decidiu vender o CD "Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida Até Que Eu Cheguei Longe", por R$ 2

Ele já era conhecido na cena do hip-hop devido às batalhas de MC's (Mestre de Cerimônia) com rimas improvisadas ao vivo: o freestyle

É de onde vem o nome artístico: MC + homicida, pois ele vencia todas as batalhas

Foi a gravação de "Triunfo" (2008) que fez com que ele ganhasse projeção nacional

Ele mistura o rap a outros elementos da música brasileira, como o samba

Se inspirar em elementos da cultura brasileira não quer dizer só fazer rap com cavaco. Quando ouço Cartola, é como se ele estivesse me contando sobre sua vida. As pessoas têm que ouvir a música e rir, chorar, dançar, porque a vida acontece dessa forma.

Emicida, em entrevista ao Guia da Folha em 2009

Emicida cresceu na Vila Zilda, Tremembé, na zona norte de São Paulo. Perdeu o pai quando tinha 6 anos de idade e a mãe batalhou para alimentar os filhos

"Quando as pessoas me elogiam, eu respondo: você não viu o que minha mãe fez. Ela conseguiu pavimentar um lugar de onde eu pudesse saltar. Sem chão, ninguém salta”, diz Emicida

Da sua vivência, traz nas letras problemas sociais e temas como racismo e homofobia

A velocidade de suas letras mudou na mesma medida que suas vivências. Ele teve duas filhas e passou um período em Cabo Verde

Em 2019, com o álbum "AmarElo" traz ainda mais elementos mais espirituais, como a música gospel, com participação de corais

As letras revelam um Emicida propositivo, que celebra a união, a autoestima e convida ao diálogo, sem perder a potência crítica às desigualdades e violências

De todas as atitudes que tomei baseadas no ódio me arrependo. Minha música não é baseada no ódio, mas falo de atitudes da vida em que deixei que o ódio tomasse conta. Gostaria que meus irmãos e irmãs refletissem para tomar decisões melhores.

Emicida, em entrevista à Ilustrada em 2019

Emicida é um dos maiores rappers do Brasil e uma das vozes mais potentes sobre a valorização da cultura negra

“Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes. Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes. É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóiz sumir.”

A faixa-título de "AmarElo" tem um sample de "Sujeito de Sorte", de Belchior. Conheça o comando que criou a cultura remix

Saiba mais

TEXTOS

Adriana Ferreira Silva
Amon Borges
Lucas Brêda
Beatriz Vilanova

IMAGENS

Karime Xavier, Zanone Fraissat e Letícia Moreira/Folhapress
Amon Borges
Jeferson Delgado
Caroline Lima
Emicida e LabFantasma/Youtube

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Rebeca Oliveira

Veja outros Web Stories