O que é afrofuturismo?

Quando você pensa em ficção científica futurista, o que vem à cabeça?

Os Jetsons? Interestelar? Exterminador do Futuro?

Talvez você note que todos eles tem uma coisa em comum: a ausência de pessoas negras no futuro

Para inserir os negros nessa narrativa de futuro, surgiu o afrofuturismo, valorizando a ancestralidade africana sem abrir mão da tecnologia

O escritor afrofuturista Ale Santos explica

O conceito foi cunhado academicamente em 1993 por Mark Dery, mas já existiam obras dessa corrente

Um dos precursores foi Sun Ra, compositor de jazz e filósofo que dizia "não ser daqui"

E a escritora Octavia Butler, autora de "Kindred: Laços de sangue" e outras obras de ficção científica

E os quadrinhos de "Pantera Negra", da Marvel, a partir de 1966, que retratavam uma sociedade africana tecnologicamente desenvolvida

O filme Pantera Negra (2018) foi um divisor de águas na produção cultural afrofuturista, explica Ale Santos

Desde então, o conceito está cada vez mais em pauta. O álbum visual de Beyoncé "Black Is King" gerou uma onda de debates por supostamente "glamourizar" a África pré-diáspora

Elementos afrofuturistas também estão presentes na música de Xênia França e no álbum "A Mulher do Fim do Mundo" de Elza Soares

Na literatura brasileira, temos Fábio Kabral e Alê Santos como grandes expoentes

É muito importante a gente falar sobre a existência de corpos negros no futuro em um país onde o negro morre a cada 23 minutos, como o Brasil

Ale Santos, escritor afrofuturista

Mais do que uma corrente estética e cultural, o afrofuturismo vem para mostrar utopias possíveis para o povo preto

Na literatura brasileira, Conceição Evaristo escreve a partir de sua perspectiva como mulher negra na sociedade. Conheça sua obra:

TEXTOS

Rebeca Oliveira

IMAGENS

Edson Ikê
Haris Nuken e Kaylan Michel/Pinterest
Marvel, Beyoncé, Warner Bros e Xênia França/Youtube
Ale Santos/Twitter
Animation Domination High-Def e  boomunderground/Giphy

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Rebeca Oliveira