Conhecida como a "Rainha do Crime", a autora britânica publicou 80 livros: 66 romances e 14 coletâneas de contos
A autora é uma das mais publicadas da história, ficando atrás apenas da Bíblia e o conjunto de peças de William Shakespeare
São mais de quatro bilhões de exemplares vendidos e sua obra já foi traduzida para mais de 100 idiomas pelo mundo
Filha de um americano rico vivendo na Inglaterra, nascida em 1890, ela frequentou uma vida social privilegiada na virada do século 19 para o 20
Educada fora da escola por decisão dos pais, as aulas de tutores moldaram na jovem um comportamento menos preso às convenções
A ponto de ela ter recusado o primeiro pedido de casamento, algo incomum. Só aceitou o segundo, de Archibald
Com o segundo marido, Max, Christie trabalhou em sítios arqueológicos na África e no Oriente, nos anos 1930 e 1940
Influências dessas viagens estão em livros como “Assassinato no Expresso do Oriente” e “A Morte no Nilo”
Dois detetives se destacam entre os vários que criou: o belga excêntrico Hercule Poirot, que aparece em 40 livros, e a solteirona inglesa Miss Marple, presente em 14 volumes
Em uma carta escrita a si mesma, Agatha Christie revelou desejar matar o detetive belga
Agatha ficou refém de Poirot e passou a odiá-lo. (...) Então ela escreveu nos anos 1940 ‘Cai o Pano’, em que Poirot morre, para ser publicado só após a morte dela
Janet Morgan, autora de "Agatha Christie - Uma Biografia"
Sua vida inspirava episódios de suas obras. "Não apenas eventos dramáticos, mas até pequenas coisas como a visita a um dentista”, contou a autora da biografia de Christie à Folha
Um dos episódios mais emblemáticos aconteceu em 1926: ao saber que seu marido, Archibald Christie, tinha uma amante, a escritora deixou sua residência, sem dar notícias
Por quase duas semanas, uma busca sem precedentes foi colocada em ação. Cerca de 15 mil voluntários ajudaram na procura, por toda a Inglaterra
Christie foi encontrada em um hotel spa em Harrogate, no norte do país. Hospedada com nome falso (usou na ficha o sobrenome da amante do marido), teria perdido a memória por alguns dias
A escritora nunca falou sobre esse período. A biógrafa concorda com o diagnóstico de amnésia global transitória
Não há unanimidade quanto ao melhor livro de Agatha Christie. Alguns preferem "E Não Sobrou Nenhum", outros, "O Assassinato no Expresso do Oriente" ou "O assassinato de Roger Ackroyd"
Fato é que os truques de enredo e da narração de Christie vão te manter atento a todas as páginas
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