A trajetória de Fernanda Montenegro

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Descendente de portugueses e italianos, Fernanda Montenegro nasceu Arlette Pinheiro Esteves da Silva, em 16 de outubro de 1929, no Rio de Janeiro

Ela achava que o nome de batismo não combinava com a carreira. Adotou Fernanda por ter, segundo ela, uma sonoridade que remete aos romances de Balzac ou Proust

O Montenegro veio de um médico homeopata que não chegou a conhecer, mas era amigo da família

Seu nome apareceu pela primeira vez quando ela trabalhava no rádio, fazendo traduções e adaptações de peças literárias para o formato de radionovelas

Sua estreia profissional no teatro foi em "Alegres Canções nas Montanhas" (1950)

No entanto, a primeira vez de Fernanda nos palcos foi aos oito anos, em uma peça da igreja

No começo dos anos 1960, já estabelecida em São Paulo, atuou na televisão encenando mais de 170 peças no programa "Grande Teatro Tupi" 

Em 1963, começou a participar também de telenovelas. Mas foi somente a partir de 1979 que sua presença se tornou mais marcante na TV

Entre as mais de vinte novelas que estrelou na Globo estão "Guerra dos Sexos" (1983), "Rainha da Sucata" (1990), "Belíssima" (2005) e "Passione" (2010)

No cinema, a atriz estreou em 1964, em uma adaptação do diretor Leon Hirszman de "A Falecida", obra de Nelson Rodrigues

Seu mais estrondoso sucesso foi com o filme "Central do Brasil" (1998), pelo qual foi indicada ao Oscar de melhor atriz

No longa de Walter Salles, Fernanda interpreta uma mulher que escreve cartas para analfabetos na estação central

Ela conhece um menino à procura do pai. Juntos, eles partem para uma viagem pelo interior do Nordeste

Ainda com o sucesso em outras áreas, o teatro jamais deixou de ser sua prioridade

Em 1982, ela ganhava, por exemplo, os prêmios Molière especial e de melhor atriz por sua atuação em "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant"

Entre as peças de maior sucesso destacam-se ainda "O Beijo no Asfalto" (1961), "Dona Doida" (1987) e "The Flash and Crash Days" (1993) 

Com a peça "Viver Sem Tempos Mortos" (2010), ela ganhou o prêmio de melhor atriz na 22ª edição do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo

Com relação à vida pessoal, a atriz se casou aos 23 anos com o ator Fernando Torres, que morreu em 2008

Eles tiveram dois filhos: o cineasta Cláudio Torres e a atriz Fernanda Torres

Fernanda Montenegro é considerada um dos grandes nomes da teledramaturgia nacional. Não à toa, também leva o título de primeira-dama do teatro brasileiro 

Em 2021, ela se tornou uma "imortal" da Academia Brasileira de Letras, tendo ficado elegível depois de publicar sua autobiografia em 2019: "Prólogo, Ato e Epílogo"

Além das peças e espetáculos com artistas renomados, alguns teatros brasileiros chamam a atenção por seu valor histórico. Conheça:

TEXTOS

Folha de S.Paulo

IMAGENS

Globo, YouTube/Reprodução
Leila Fugii, Fernanda Montenegro/Divulgação
Acervo UH, Greg Salibian, Eduardo Knapp/Folhapress

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes