Maior ídolo esportivo da Argentina, Diego Armando Maradona Franco nasceu no dia 30 de outubro de 1960 e cresceu no humilde bairro de Villa Fiorito, no subúrbio de Buenos Aires
Ele já jogava futebol e chamava atenção por sua grande habilidade com a bola desde os nove anos, defendendo o time infantil dos Cebollitas
A carreira profissional de Maradona começou para valer em 1976, quando foi contratado pelo Argentinos Juniors
No dia 14 de novembro de 1976, marcou contra o San Lorenzo seu primeiro gol como profissional
Aos 16 anos, estreou na seleção Argentina. Foi contra a Hungria, no dia 27 de fevereiro de 1977, na Bombonera
Porém, o promissor craque não foi inscrito na Copa de 78, na Argentina, por decisão do treinador Menotti -uma grande frustração, já que o país foi campeão
Em 1979, o meia liderou a seleção argentina na conquista do Mundial sub-20 no Japão e foi eleito o melhor jogador da competição
No dia 2 de junho do mesmo ano, Maradona marcou em uma vitória de 3 a 1 sobre a Escócia, em Glasgow, seu primeiro gol pela seleção principal da Argentina
O “Pibe de Oro” foi vendido para o Boca Juniors, clube do qual se tornaria grande ídolo e símbolo
O jogador teve uma rápida e turbulenta passagem pelo Barcelona em 1983: contraiu hepatite, teve problemas com o técnico e fraturou o tornozelo
Ainda assim, conquistou a Copa do Rei numa final contra o Real Madrid, além da Copa da Liga da Espanha, competição na qual anotou um gol no estádio Santiago Bernabéu que arrancou aplausos até da torcida madridista
Após desavenças com o presidente do clube e seu agente, Maradona passou a jogar pelo Nápoli a partir de 1984, época em que viveria o seu auge
Ajudou o Napoli a ganhar seus dois únicos títulos do Campeonato Italiano, em 1987 e 1990, além de conquistar uma Copa da Uefa em 1989, uma Copa da Itália em 1987 e uma Supercopa da Itália em 1990
Foi nesse período que ele levou a Argentina ao título mundial em 1986, no México, quando marcou o gol mais bonito das Copas, uma arrancada desde o campo de defesa com direito a dribles em vários adversários na vitória de 2 a 1 sobre a Inglaterra
Nesse mesmo jogo, ele anotou outro célebre gol, com a mão, e disse que o polêmico tento fora marcado com a “mão de Deus”
Em meio ao auge da carreira, Maradona teve seus filhos Dalma, Giannina e Diego (reconhecido apenas em 2016)
Em março de 1991, o exame antidoping do craque deu positivo para cocaína e resultou numa suspensão de 15 meses. Na Argentina, chegou a ser detido por posse de drogas
Em 1992, após o final da suspensão, Maradona foi jogar no Sevilla, da Espanha, mas, por desentendimentos com o técnico, deixou o time em 1993 e retornou ao futebol argentino para defender o Newell’s Old Boys
Com a Argentina ameaçada de não ir à Copa dos EUA, o técnico Alfio Basile pediu a Maradona que voltasse à seleção, o que ele fez no empate de 1 a 1 com a Austrália pela repescagem do Mundial, ajudando o país a se classificar para a Copa de 1994
No Mundial dos EUA, foi sorteado para o antidoping. O resultado deu positivo para efedrina e ele foi suspenso por 15 meses. Foi o fim de sua participação pela seleção argentina
Nesta época, tentou carreira como treinador, sem sucesso. Teve passagens pelo Boca Juniors e casas de reabilitação. Fez o último jogo de sua carreira em 25 de outubro de 1997. Cinco dias depois, anunciou a aposentadoria
Fora dos campos, atuou como comentarista esportivo, assumiu cargo diretivo no Boca Juniors, atuou em diversas campanhas publicitárias e lançou a autobiografia “Yo soy el Diego”
Aproximou-se de algumas personalidades políticas de esquerda, como Fidel Castro e Hugo Chávez. Também manteve relação afável e conflituosa com outros atletas, como João Havelange e Pelé
Maradona atuou como técnico da seleção argentina na Copa de 2010, no Al Wasl, Fujairah (Emirados Árabes), Dorados (México) e, por último, do Gimnasia y Esgrima La Plata (Argentina)
Ele assumiu o modesto time argentino em 2019, e seus jogos se transformaram em procissões com homenagens ao ídolo. O Newell’s, por exemplo, colocou um trono à beira do campo para que Maradona se sentasse e assistisse à partida como um rei
O craque teve uma parada cardiorespiratória e morreu em 25 de novembro de 2020, exatos quatro anos após Fidel Castro, a quem Maradona se referiu como seu "segundo pai"
Outro grande craque do futebol mundial é Edson Arantes do Nascimento. Conheça a história do Rei Pelé:
Niels Andreas e Arquivo/Folhapress Daniel Luna, Russel Cheyne, Carlo Hermann, Fabian Gredillas e Arquivo/AFP Zoraida Diaz, Brian Snyder, Gary Hershorn e Arquivo/Reuters Allsport UK/Getty Images Juan José García/Clarin