Lançado em 1928, “Macunaíma” foi escrito em apenas seis dias por Mário de Andrade (1893-1945)
O livro é um dos maiores exemplos do Modernismo brasileiro e do Movimento Antropofágico, cujo manifesto foi escrito por Oswald de Andrade (1890-1954)
O manifesto quebra a ideia de aceitar tudo o que vem de fora, dos países estrangeiros. A proposta é pegar o que o hemisfério norte traz de bom e criar coisas novas
Em "Macunaíma", Mário reúne, modifica e mescla uma ampla gama de lendas indígenas e elementos de crença regional, além da afro-brasileira
A inspiração partiu da coletânea de lendas amazônicas do alemão Theodor Koch-Grümberg
Foi nela que Mário descobriu a figura do deus Macunaíma, que percorre o Brasil, a Venezuela e as Guianas
Reinventando o personagem à sua maneira, criou o "herói da nossa gente", nascido "preto retinto e filho do medo da noite" e que, a certa altura, torna-se branco
Guiado pelo prazer e pela preguiça, ele vive aventuras com seus irmãos Maanape e Jiguê
Macunaíma vai a São Paulo para recuperar um talismã que está com Venceslau Pietro Pietra - na verdade, Piaimã, gigante comedor de gente
No fim, um papagaio, única testemunha da história do herói, transmite-a ao narrador
O livro virou filme em 1969, com direção de Joaquim Pedro de Andrade
A obra-prima de Mário de Andrade conta a vida do herói sem nenhum caráter, personagem síntese do homem brasileiro
Até hoje, "Macunaíma" se mantém como um dos livros mais importantes da literatura nacional
Tarsila do Amaral foi uma outra artista que participou do Modernismo brasileiro. Saiba mais sobre a pintora: