Esta história começa há muito tempo, cinco bilhões de anos atrás, mais ou menos
Perdida no espaço, nos confins de uma galáxia qualquer, uma gigantesca nuvem de hidrogênio flutuava calmamente, girando em torno de si mesma
Perto dela, se é que dezenas de anos-luz podem ser considerados "perto", uma estrela já bem velha, com mais de 1 bilhão de anos, começou a entrar em pane
A estrela, enorme, começou a pulsar violentamente e, após muitas convulsões, explodiu, expelindo suas entranhas pelo espaço
Nelas, estavam os vários elementos químicos que hoje organizamos na tabela periódica, do hidrogênio e hélio ao carbono, oxigênio, ferro e urânio
Essa poeira estelar, empurrada pela força da explosão, viajou pelo espaço afora, até se chocar com a nuvem de hidrogênio, aquela que, até então, flutuava calmamente
A nuvem, perturbada pela onda de choque, entrou em colapso, semeada por todos os elementos químicos que haviam sido forjados na estrela
Aos poucos, a matéria dessa nuvem foi se concentrando no plano equatorial, feito uma grande pizza
No meio dela, nasceu o Sol, que hoje tem cerca de 4,6 bilhões de anos
Hoje, o Sol é uma estrela de meia-idade, e sabemos que não deve durar para sempre
Um dia, ele esgotará o combustível nuclear que o mantém brilhando e inchará como uma gigante vermelha, mais de cem vezes maior do que é hoje
Esse será um dia ruim para os planetas mais internos do sistema. Mercúrio, Vênus e possivelmente a Terra serão engolfados pela fervente atmosfera solar
Ao final, uma bela nebulosa será formada, e no lugar do Sol restará um pequeno e comprimido caroço morto, a se esfriar pelos próximos bilhões de anos — uma anã branca
Apesar do cenário sombrio, não há motivo para preocupação. Especialistas estimam que o astro ainda tenha mais ou menos cinco bilhões de anos de vida
É muito provável que, até lá, a humanidade já esteja extinta
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