A história de Joana D'Arc

Verdade e lenda se confundem na figura de Joana D'Arc, morta na fogueira por heresia em 1431

A jovem que afirmou combater seguindo mensagens dos anjos se tornou a grande heroína francesa na Guerra dos Cem Anos

Mas vamos recapitular... Joana D’Arc nasceu na comuna de Domrémy, na região da Lorena, na França

Era a caçula de quatro filhos de um casal de agricultores e artesãos. Sua família era bastante religiosa

Joana cresceu em meio à Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), conjunto de batalhas travadas entre os reinos francês e inglês pela conquista da França

Desde os 13 anos, alegava receber visões divinas do arcanjo Miguel, de Santa Margarida e da Santa Catarina, que a instruíram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra

Aos 16 anos, Joana D'Arc insistiu para que a levassem a Vaucouleurs para conversar com Robert de Baudricourt, funcionário local do reino francês

Após muita insistência, convenceu Baudricourt a levá-la até o rei, em Chinon. Joana cortou os cabelos e vestiu-se de homem para encontrar Carlos VII

Joana conseguiu autorização real para integrar o exército e a missão de aliviar a tensão com os ingleses na região de Orleães

Com D'Arc, os franceses garantiram Orleães e outras regiões. Em 17 de julho de 1429, na cidade de Reims, Carlos VII foi coroado

Mas a ideia de que Deus estaria apoiando a França em detrimento da Inglaterra não fez sucesso entre os ingleses... surge a teoria de que Joana seria uma bruxa

Os ingleses criaram uma emboscada durante a marcha real de Carlos VII de Reims a Paris. O exército francês se rendeu e perdeu diversos territórios

Em 23 de maio de 1430, ela foi capturada em Compiègne pelos Borguinhões, um grupo de franceses que apoiavam os ingleses. Eles a entregaram nas mãos do governo da Inglaterra

O bispo Pierre Cauchon foi o responsável pelo julgamento e fez diversas acusações de cunho religioso. Ela foi sentenciada a morte na fogueira e executada em 30 de maio de 1431, aos 19 anos de idade

Sua morte a elevou ao status de mártir e fez aumentar o fervor patriótico francês contra os ingleses

Em 1456, foi declarada como mártir da Igreja Católica após um tribunal inquisitorial  autorizado pelo Papa Calisto III que examinou seu julgamento e a proclamou inocente

Joana foi oficialmente declarada como um símbolo nacional da França por decisão do imperador Napoleão Bonaparte. Ela foi beatificada em 1909 e canonizada em 1920 pelo Vaticano

Joana é uma das padroeiras da França e sua história inspirou diversos livros, filmes, pinturas e até mesmo jogos de videogame

Outra figura importante na história francesa é Napoleão Bonaparte

Sua assinatura ajuda a Folha a seguir fazendo um jornalismo independente e de qualidade

Veja as principais notícias do dia no Brasil e no mundo

TEXTOS

Folha de S. Paulo

IMAGENS

AFP
Wikimedia Commons
Coolidge Corner Theatre, Maudit e Sky HISTORY UK/Giphy

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Rebeca Oliveira