A trajetória de Drauzio Varella

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No dia 3 de maio de 1943,
em São Paulo, nascia Antônio Drauzio Varella. Ele cresceu no Brás, bairro operário
da capital paulista 

Ele cursou medicina na USP (Universidade de São Paulo), e logo começou a trabalhar no Hospital do Servidor Público 

Como médico cancerologista, Drauzio trabalhou por 20 anos na direção do serviço de Imunologia do Hospital do Câncer de São Paulo

Em 1986, iniciou sua carreira como comunicador. Ele obteve destaque ao se tornar um dos primeiros médicos do Brasil a falar sobre a Aids

O trabalho de difusão de Drauzio em rádios de São Paulo abriu portas para que o médico falasse sobre saúde na TV Globo

No Fantástico, ele participou de diversas séries sobre saúde. Os assuntos eram diversos: tabagismo, primeiros socorros, gravidez, infância

No fim dos anos 1980, Drauzio começou um trabalho de pesquisa sobre HIV na Casa de Detenção do Carandiru. Até 2002, quando o presídio foi desativado, ele foi médico voluntário da instituição

A experiência de tantos anos deu origem ao livro "Estação Carandiru", lançado em 1999.  Na obra, a primeira do médico, Drauzio relata o funcionamento do presídio

O livro, que virou um best-seller, foi adaptado para o cinema. Em 2003, era lançado "Carandiru: O Filme", com direção de Héctor Babenco

No ano de 2000, Drauzio estreou como colunista na Folha, cargo que ocupa até hoje. O texto de estreia falava sobre o tabagismo, problema que o médico enfrentou por 20 anos

À época, tramitava no Congresso projeto de lei proibindo a publicidade de cigarro

O então ministro da Saúde, José Serra, chegou a distribuir cópias do artigo de Drauzio como uma das estratégias para pressionar os deputados pela aprovação, o que deu certo. Em dezembro do mesmo ano, Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei

Drauzio escreveu diversos outros livros, incluindo um infantil. Em "Nas Ruas do Brás" (2000), ele relata sua infância no bairro paulistano usando textos, fotografias e ilustrações

Já em "O Médico Doente" (2007), fala sobre a própria saúde ao relatar seu episódio de febre amarela. Em "Correr" (2015), a corrida, atividade praticada pelo médico há quase 30 anos, ganha destaque 

Além do trabalho que realiza na Penitenciária Feminina da Capital, que também rendeu um livro, Drauzio dedica-se ao próprio canal no YouTube

Durante a pandemia de coronavírus, o médico passou a exercer seu trabalho de comunicador para difundir informações baseadas em evidências científicas. Por isso, virou alvo de ataques de negacionistas nas redes sociais

Muitos dos esforços de Drauzio Varella foram dedicados a conscientizar a população sobre os riscos do cigarro. Veja dicas para largar o vício:

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TEXTOS

Ana Luísa Moraes
Cláudia Colucci 

IMAGENS

Gabo Morales, Maria do Carmo, Niels Andreas, Ciro Coelho, Luiz Carlos Murauskas, Juca Varella, Moacyr Lopes Junior, Rubens Cavallari/Folhapress, Portal Drauzio Varella/Giphy, Zé Paulo Cardeal/TV Globo, Companhia das Letras/Divulgação, Reprodução

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes