Lima Barreto foi um importante escritor e jornalista do século 20
Nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1881. Era filho de uma antiga escrava e de um madeireiro português. O pai trabalhava como tipógrafo e a mãe como professora da 1ª a 4ª série
A mãe de Lima Barreto morreu quando ele tinha 6 anos de idade. Seu padrinho, visconde de Ouro Preto, financiou sua educação formal
É aprovado na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, mas abandona os estudos para cuidar do pai com problemas psiquiátricos e ajudar a sustentar os irmãos
Em 1903 é aprovado em um concurso público para a Secretaria de Guerra e passa a escrever artigos e crônicas para jornais como Correio da Manhã, Jornal do Commercio e A Gazeta da Tarde
Estreia como romancista no ano de 1909, com a publicação de "Recordações do Escrivão Isaías Caminha"
Já em 1911 publica "Triste Fim de Policarpo Quaresma" nas páginas do Jornal do Commercio, em formato de folhetim. Sua obra mais célebre é editada em livro apenas quatro anos depois
Lima Barreto tinha crises de depressão agravadas pelo alcoolismo, o que o leva a ser internado em uma clínica psiquiátrica em 1914
Em 1916 volta ao círculo literário publicando artigos em periódicos socialistas
Em 1918, seus problemas de saúde persistem e Lima Barreto aposenta-se, por invalidez, do cargo na Secretaria de Guerra
Em 1919, publica o romance "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá" pela editora Revista do Brasil, de Monteiro Lobato
Os períodos de internação no hospício resultam na composição de diversos diários e no romance inacabado "O Cemitério dos Vivos", que tem trechos publicados em 1921
Mesmo ano em que o autor apresenta sua terceira candidatura à Academia Brasileira de Letras, mas desiste antes das eleições
Com a saúde debilitada, Lima Barreto morre em 1º de novembro de 1922, aos 41 anos, vítima de ataque cardíaco
Lima Barreto é o escritor mais importante do pré-modernismo. Foi contra o estilo pomposo do parnasianismo de Olavo Bilac e adotou um estilo simples e direto
Suas obras são uma sátira de seu tempo, abordando questões como preconceito racial, nacionalismo ufanista, corrupção política e moral das elites e a desigualdade de classes no Rio de Janeiro
"Os Bruzundangas", "Bagatelas" e "Clara dos Anjos" foram publicados após sua morte
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