João do Rio é o pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, nascido no Rio de Janeiro em 5 de agosto de 1881
Ele foi um jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo brasileiro. Também foi membro da Academia Brasileira de Letras
João estudou Português no Colégio São Bento e, aos 15 anos, prestou concurso de admissão ao Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II)
Em 1899, antes de completar 18 anos, teve seu primeiro texto publicado no jornal O Tribunal. Era uma crítica de uma peça de teatro
De 1900 a 1903 colaborou sob diversos pseudônimos com vários órgãos da imprensa carioca, como O Paiz, O Dia, Correio Mercantil, O Tagarela e O Coió
Em 1902, tenta entrar para o Itamaraty, mas é recusado pelo Barão do Rio Branco por ser "gordo, amulatado e homossexual"
Em 1903 foi indicado por Nilo Peçanha para a Gazeta de Notícias, onde permaneceu até 1913. Foi neste jornal que, em 26 de novembro de 1903, adotou o nome João do Rio, seu pseudônimo mais famoso
Assinou o artigo "O Brasil Lê", uma enquete sobre as preferências literárias do leitor carioca
João do Rio foi um dos primeiros jornalistas a se dedicar em tempo integral à profissão
A série de reportagens investigativas "As Religiões no Rio", publicada em 1904, foi uma importante análise do ponto de vista antropológico e sociológico das religiões de matriz africana
A série de reportagens despertou tamanha curiosidade que foi publicada em livro, tendo vendido mais de oito mil exemplares em seis anos
A proeza é ainda mais impressionante levando-se em conta o restrito público leitor da época, num país com elevadas taxas de analfabetismo
Nos jornais, também foi um importante escritor sobre a São Paulo que se industrializava e se urbanizava no século 20. O livro "João do Rio: um dândi na cafelândia" reúne os textos desta época
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em sua terceira tentativa, em 1910, e o primeiro a tomar posse usando o hoje famoso "fardão dos imortais"
Solteiro, sem namorada ou amante conhecidas, foi alvo de preconceito durante sua vida. Foi um dos tradutores da obra de Oscar Wilde no Brasil, o que alimentou os rumores de que seria homossexual
João morreu em 23 de junho de 1921, em decorrência de um infarto fulminante