Hoje em dia, o número zero é natural para nós. Mas ele foi, na verdade, o último número natural a ser concebido
Os romanos não possuíam o número em seus algarismos, já que eles eram usados para registrar quantidades. Parecia estranha, então, a noção de quantificar o vazio
Mas a ideia do zero, na verdade, só surgiu com o princípio da posição, segundo o qual o valor do número depende do lugar em que ele se encontra
Como se sabe, a primeira casa é da unidade, a segunda é da dezena, a terceira é da centena e assim por diante. Para empurrar o número de uma posição para outra, precisou-se do zero
É por conta da escrita posicional que conseguimos, hoje, escrever uma infinidade de números com apenas 10 símbolos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9… e 0
Embora sábios da Babilônia, matemáticos chineses e astrônomos maias tenham tateado conceitos parecidos, o antecessor do zero como o conhecemos hoje só surgiu no século 5º, na Índia
Ao Ocidente, o zero só chegou no século 13, junto aos algarismos arábicos, que facilitavam os cálculos por serem mais simples que os romanos
Nenhum melhoramento da notação dos números fez-se necessário desde que o zero, essa numeração perfeita, foi inventado
Georges Ifrah, matemático
O algarismo foi um divisor de águas, que impulsionou o desenvolvimento das ciências e da tecnologia e possibilitou toda a numeração racional
A numeração binária, que é a base da computação moderna, também depende totalmente do número zero
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