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Há poucos registros sobre seus feitos, mas o que se sabe é que a Rainha Tereza, como era chamada, esteve à frente do Quilombo do Quariterê depois que seu companheiro, José Piolho, foi morto pelas forças coloniais
Localizado no Vale do Guaporé, em Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso (perto da fronteira com a Bolívia), o quilombo era controlado com mão de ferro por Tereza, que castigava quem a desobedecia
Registros históricos apontam que Tereza constituiu no quilombo um sistema parlamentar e comandou uma comunidade composta de negros e indígenas
Eles viviam do cultivo de algodão, milho, feijão, mandioca, banana e a comercialização dos excedentes
Rainha Tereza transformou-se numa ameaça ao poder central. Em fins do século 18, ela terminou capturada e presa
De acordo com uma versão da história, uma vez no cárcere, ela parou de comer e morreu em decorrência dos maus-tratos e da falta de alimentação. Sua cabeça foi cortada e exposta na praça do quilombo. Segundo outra versão, ela se matou
A sua história virou tema de um samba enredo de Joãozinho Trinta para a Unidos de Viradouro, no carnaval de 1994, com o título “Tereza de Benguela: uma Rainha Negra no Pantanal”
Mas foi só a partir do dia 25 de julho de 2014 que a "Rainha Negra" passou a ser celebrada anualmente no Brasil
A lei 12.987, sancionada por Dilma Rousseff (PT), instituiu o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, com o propósito de resgatar a memória de uma heroína negligenciada pela história
Conhecer os nossos antepassados é parte importante da construção de novas perspectivas de futuro. Conheça o afrofuturismo:
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