Como era uma viagem de navio séculos atrás?

Se a saúde das pessoas em terra já era ruim, nos navios dos séculos 16 e 17 ela era ainda mais assustadora

Esse era um dos motivos do isolamento do Brasil durante o período colonial: atravessar o Atlântico era uma aventura que poucos tinham coragem de encarar

Por um lado, ao menos os excrementos humanos eram atirados ao mar e não na rua

Mas tanto a água quanto a comida, guardadas por meses em porões úmidos e sujos, eram invariavelmente ruins e contaminadas

Não existia estrutura para que os viajantes tomassem banho —e não se sabe se eles estavam muito preocupados com isso, de qualquer forma

O padrão era usar a mesma roupa durante todo o percurso, que durava meses

Surgiam, assim, pragas de piolhos, percevejos e pulgas. Pratos, copos e talheres não eram lavados

Doenças como varíola, difteria, escarlatina e tuberculose se propagavam sem controle

Com frequência a comida acabava. E, mesmo antes disso acontecer, ela era bastante regulada

A cota diária de alimentos secos de um tripulante em uma expedição como as de Vasco da Gama ou de Cabral era de meros 400 gramas ao dia

Em casos extremos, até os ratos que infestavam as embarcações viravam comida

Morria tanta gente que surgiram até as lendas dos navios fantasmas. Na viagem de Vasco da Gama às Índias, morreram 120 de um total de 160 marujos, por exemplo

Ainda bem que já temos os aviões. Conheça a história de Santos Dumont, o pai da aviação

TEXTOS

Folha de S.Paulo

IMAGENS

BuzzFeed Animation, rupalico/Giphy, Domínio Público. Tenor

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes