No dia a dia, a expressão "carma" é usada com um sentido de troco ou retribuição do destino aos gestos negativos de uma pessoa
Uma lógica próxima de "o amor que você recebe é igual ao amor que você dá", como cantaria John Lennon
A origem do termo, que tem raízes religiosas, não destoa tanto disso —embora ganhe contornos mais filosóficos
A palavra vem do sânscrito, língua ancestral da região da Índia, e significa "ação"
No budismo, o carma é uma lei universal de causa e efeito, relacionado às ações intencionais. Todas os pensamentos, falas e movimentos vão gerar um efeito que retorna em algum momento
Esse momento pode, inclusive, se passar em vidas futuras, assim como as pessoas podem carregar o carma de vidas passadas
Não se trata de algo apenas individual, diz o budismo. Há heranças cármicas de famílias, comunidades, nações e assim por diante
E ele não opera só em gestos negativos, mas também nos positivos, construindo conexões entre as ações de vidas passadas e futuras
Daí a importância do carma, segundo a religião: ele fundamenta a universalidade da existência, já que cada reencarnação é uma oportunidade de corrigir o carma que se carrega
Dentro do budismo, o conceito é desenvolvido em detalhes e classificado em diversas subcategorias
Ele também é presente em outras doutrinas religiosas, como o hinduísmo, sikhismo, jainismo e taoísmo, tendo um significado próprio em cada uma delas
"Dharma" e "nirvana" são outros conceitos importantes no budismo. Saiba mais sobre a religião:
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