A história de Irmã Dulce

Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, seu nome de batismo, nasceu em Salvador, na Bahia, em 26 de maio de 1914

Era de classe média alta —seu pai, Augusto Lopes Pontes, era dentista. Ela se tornou louca por futebol, paixão herdada do pai e do irmão mais velho

Em 1921, aos sete anos, perdeu a mãe, Dulce, que morreu durante o trabalho de parto. O nome escolhido pela freira foi uma homenagem 

Na adolescência, despertou a sua vocação para a religião, e, em 1933, seguiu para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe

Em 1935, de volta a Salvador, trabalha na abertura do Hospital Espanhol, exercendo as funções de enfermeira, sacristã, porteira e responsável pelo raio-X

Em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio e improvisou uma enfermaria para cuidar de doentes

Nos anos seguintes, começou a buscar apoio de políticos e empresários para transformar a enfermaria improvisada em um hospital voltado ao atendimento da população mais pobre

Além de pedir doações, Irmã Dulce inovou na busca por recursos para manter suas obras sociais. Chegou a cantar e tocar acordeão nas ruas de Salvador para arrecadar fundos para suas obras de caridade

A partir de 1955, passou a cumprir uma penitência em agradecimento à vida de sua irmã, que sobreviveu a uma gravidez de alto risco. Pelos 30 anos seguintes, dormiu sentada em uma cadeira de madeira

Morreu em 1992, gerando uma forte comoção social entre os baianos, que passaram a tratá-la como santa

Em 2003, o Vaticano reconheceu o primeiro milagre da santa: as orações a Irmã Dulce teriam feito cessar uma hemorragia em uma mulher que padeceu durante 18 horas após dar à luz ao seu segundo filho

A cura instantânea da cegueira de um homem foi o milagre ratificado pelo Vaticano para a canonização da religiosa baiana

Irmã Dulce foi canonizada em 13 de outubro de 2019, em cerimônia chefiada pelo papa Francisco, no Vaticano. Ela é a primeira santa brasileira

Conheça também a história de Santo Antônio, o santo casamenteiro

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TEXTOS

Folha de S.Paulo

IMAGENS

Domínio Público, Acervo Memorial Irmã Dulce/ Divulgação, Eduardo Anizelli/Folhapress

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes