Anglicismo: o inglês dentro do português
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Você já deve ter ouvido palavras no dia a dia como "feedback", ou frases como "stalkear o crush"
Isso é chamado de anglicismo, quando expressões são importadas do inglês para o português
Elas pode vir como um modismo e logo cair no esquecimento ou podem ser incorporadas de modo que ninguém mais lembre sua origem
É o caso do verbo "deletar", que surgiu a partir de uma ação que estava sendo criada na tecnologia: apagar algo no computador
Na pandemia do coronavírus, a expressão "testar positivo" se tornou comum na boca dos brasileiros
Mesmo sua construção no português não fazendo sentido gramaticalmente
O escritor e jornalista Sérgio Rodrigues, em episódio do podcast Café da Manhã, da Folha, comenta sobre o caso
Mas as aterrissagens das palavras nem sempre são suaves. A cumbuca, por exemplo, está virando bowl, o que pode soar estranho
No mundo corporativo o anglicismo pegou bem. O "home office", "fazer uma call", "job", e "aplicar para uma vaga", são usados com frequência
Segundo Rodrigues, o anglicismo vai estar sempre subordinado a uma questão de geopolítica
Acontece em país que se coloca diante de outra cultura como subalterno, o que parece ser o caso do Brasil
O que isso está denotando é um país com uma autoestima cultural baixa, uma média de educação muito baixa.
Sérgio Rodrigues, jornalista e autor de "Viva a Língua Brasileira"
Não é de hoje que importamos algumas palavras e expressões de outras línguas. No século 19 era do francês
Abajur, avalanche e cachecol são alguns exemplos. A expressão "se dar conta" de alguma coisa também é uma tradução literal do idioma
A verdade é que brigar por um nacionalismo linguístico não adianta. O estrangeirismo está presente na construção da língua
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TEXTOS
Folha de S.Paulo
IMAGENS
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Café da Manhã/Folha
PRODUÇÃO DE WEB STORIES
Vitória Macedo