A história de Iemanjá

Se você já viu flores jogadas no mar, vidros de perfume na praia ou até já pulou sete ondinhas no Ano-Novo, você conhece, pelo menos indiretamente, a orixá Iemanjá

Iemanjá é uma orixá, ou seja, uma deusa do candomblé e da umbanda –duas religiões com crenças vindas da África

No Brasil, a figura dela é de uma mulher de vestido azul e longos cabelos pretos, às vezes com enfeites de peixes e conchas, já que é a rainha do mar

O nome Iemanjá vem da junção de três palavras da língua iorubá, idioma tradicional da região onde hoje fica a Nigéria

Yèyé (mãezinha), omo (filho) e eja (peixe) e por isso ela é a "mãe cujos filhos são peixes"

Aqui, a festa de Iemanjá é celebrada em 2 de fevereiro, mesmo dia em que, na religião católica, é celebrada Nossa Senhora dos Navegantes, protetora dos marinheiros e pescadores

Nas origens africanas, Iemanjá era vista como a orixá da fertilidade, associada à colheita do inhame na região do rio Ogum, que deságua na capital da Nigéria

Uma das lendas conta que Iemanjá seria a filha de Olocum (o deus do mar), que lhe teria dado uma garrafa contendo uma poção mágica, com a recomendação de quebrá-la em caso de extremo perigo

Quando Iemanjá deixou o reino de Ifé, Olofun, que era o rei, mandou um exército para capturá-la

Encurralada, Iemanjá quebrou a garrafa e na mesma hora nasceu um rio, levando-a de volta em segurança ao mar de Olocum, seu pai

Vários aspectos da cultura brasileira têm influência africana. Conheça alguns escritores do continente:

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TEXTOS

Folha de S.Paulo

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Rafael Martins/AFP, Ana Carolina Fernandes, Catarina Pignato/Folhapress, Rhianna Moon/Giphy

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Ana Luísa Moraes