O alho ao longo da história

Em 1368, o rei da Espanha, Afonso de Castela, decretou  que todos os súditos que quisessem uma audiência com ele deveriam se abster de comer alho por pelo menos um mês

Este parece ser o estranho destino deste condimento que consegue ser amado por uns e odiado por outros, mas sempre marcando papel determinante na culinária de quase todo o planeta

O alho, que provavelmente veio da Ásia Central, foi uma das primeiras plantas cultivadas pelo homem em sua transição de nômade para sedentário

O historiador grego Herodóto falou sobre inscrições feitas nas pirâmides de Gizé, nas quais se prescrevia que todo escravo comesse um dente de alho antes de iniciar o trabalho na construção das pirâmides

Foi apreciado também por hebreus e gregos, mas recebeu sua consagração definitiva entre os romanos, principalmente nas classes mais baixas

Para os soldados de Roma, o alho era o símbolo da vida e das virtudes militares. Eles sempre carregavam alguns dentes 

Na Idade Média, acreditava-se que ele trazia proteção contra a peste negra. Os cidadãos carregavam várias réstias em seus pescoços

A ideia de que o alho repelia agentes nocivos também deu origem ao mito da planta como proteção contra vampiros

Se você esbarrar por aí com um vampiro, melhor apostar em outras táticas de proteção. Mas o fato é que o alho realmente possui propriedades antissépticas

Não é preciso usar esse alimento como medicamento, mas pode ser uma boa ideia incluí-lo com mais frequência no seu dia a dia

Uma maneira simples e deliciosa de usá-lo é como faziam os camponeses europeus —o alho cru, somente esfregado sobre uma fatia de pão ligeiramente tostado, mais azeite e sal

Você também pode fazer um pão mais elaborado com pasta de alho. Aprenda:

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Folha de S.Paulo

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Bushel & Peck, Colosseum/Giphy, Photo&Graphic Stock/Adobe Stock, Domínio Público

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Ana Luísa Moraes