Luzia, o fóssil mais antigos das Américas

O esqueleto de Luzia foi encontrado em 1975 pela missão franco-brasileira liderada pela arqueológoga francesa Annette Laming-Emperaire

A peça ficou guardada por duas décadas. Em 1995, pesquisadores começaram a estudar a morfologia do esqueleto

Calculou-se que o fóssil, descoberto na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, tinha mais de 11 mil anos

Em 1998, pesquisas do bioantropólogo Walter Neves, da USP, revelaram que as características do crânio lembravam as dos atuais africanos e aborígenes da Austrália 

A aparência "negra" da garota, batizada de Luzia, foi reforçada pela  reconstrução artística de seu rosto feita em 1999 pelo antropólogo forense britânico Richard Neave

Antes, acreditava-se que a região tinha sido povoada por apenas um tipo de população, sob o modelo da migração única

O esqueleto de Luzia foi fundamental para os cientistas descobrirem que a América foi ocupada por duas populações com morfologias completamente distintas e em momentos diferentes

Neves e a equipe foram responsáveis pela escolha do nome, uma homenagem a Lucy, um dos fósseis mais famosos do mundo

Luzia estava no Museu Nacional do Rio de Janeiro durante o incêndio que devastou o espaço em 2018

O esqueleto foi queimado, mas fragmentos foram identificados nos escombros. O crânio, apesar de danificado, foi recuperado

Luzia fazia parte da espécie Homo sapiens, assim como nós. Conheça o Homo erectus, nossos antepassados

Sua assinatura ajuda a Folha a seguir fazendo um jornalismo independente e de qualidade

Veja as principais notícias do dia no Brasil e no mundo

TEXTOS

Folha de S.Paulo

IMAGENS

Patrícia Santos, Júlia Barbon/Folhapress, Antonio Scorza, Antonio SCORZA/AFP, Gregg Newton, Ricardo Moraes REUTERS

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes