Entenda o conflito histórico na Irlanda do Norte
Protestantes e católicos lutam entre si na região da Irlanda desde o século 17, quando a rainha Elizabeth 1ª, da Inglaterra, iniciou um processo conhecido como "plantação"
Ela enviou para o Ulster —como também é chamada a região que hoje compreende a Irlanda do Norte— 170 mil colonos protestantes, a maioria da Escócia
Com terras recebidas da monarquia, eles deveriam assegurar a presença britânica no norte da Irlanda, para fazer frente à maioria católica no sul
No século 19, toda a ilha da Irlanda foi integrada ao Reino Unido. Por causa da oposição entre católicos e protestantes, surgiram conflitos de fronteiras
Os distritos do sul, de maioria católica declararam independência em 1921; nasce o Estado Livre da Irlanda, que se tornaria em 1949 a atual República da Irlanda
O Ulster continuou parte do Reino Unido. Lá, o Partido Unionista excluiu católicos do governo e de benefícios sociais e trabalhistas
O IRA (Exército Republicano Irlandês), um grupo paramilitar católico, passa a promover série de atentados para forçar a união com a República da Irlanda
Em 1969, com uma guerra civil na região, o governo britânico ocupa militarmente a Irlanda do Norte. Há conflitos entre o IRA e a UVF (Força Voluntária de Ulster), também paramilitar
Em 1972, o exército britânico matou a tiros 14 pessoas em uma manifestação de católicos que defendiam direitos civis. O episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento
Depois de acordos, a tensão na região diminuiu, mas nunca foi totalmente apaziguada. A Irlanda do Norte ainda faz parte do Reino Unido e é permeada pelo desejo de reunificação com a vizinha do sul
A Rússia também teve um Domingo Sangrento causado pela repressão de autoridades. Conheça os Romanóv, última dinastia da região
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Ana Luísa Moraes