O cinema teve início no Brasil em 1896, quando foi realizada a primeira sessão com uma série de filmes curtos no Rio de Janeiro
Afonso Segreto é considerado um dos primeiros cineastas brasileiros. Ele gravou o filme "Uma Vista da Baía de Guanabara" no dia 19 de junho de 1898, data que marca o Dia do Cinema Brasileiro
Os primeiros filmes produzidos no Brasil foram pequenos documentários, retratando cenas do cotidiano
As salas de exibição começaram a se popularizar no Rio de Janeiro e em São Paulo a partir do século 20
As produções também cresceram. "Os Estranguladores" (1908), de Francisco Marzullo e Antônio Leal, é considerado a primeira película de ficção do Brasil
A partir de 1909, os chamados "filmes cantados", em que os atores e cantores dublavam os filmes ao vivo, fizeram sucesso e atraíram o público
Durante a Primeira Guerra Mundial, as salas de cinema foram invadidas por produções de Hollywood, refletindo o crescimento econômico dos EUA
Esses filmes passaram a entrar no país isentos de taxas alfandegárias, o que fez os cinemas priorizarem filmes estrangeiros
O cinema brasileiro ganhou fôlego na década de 1930, com a criação do primeiro grande estúdio, a Cinédia, idealizada por Adhemar Gonzaga, que produziu um gênero conhecido como chanchadas
Os filmes de chanchada eram cômicos e musicais e exploravam a cultura popular, principalmente o Carnaval. Grandes nomes se destacam como o de Grande Otelo e Oscarito
Assim como Carmen Miranda, que participou dos filmes "Alô, Alô, Brasil" e "Alô, Alô, Carnaval"
Uma das correntes mais importantes se estabeleceu no fim da década de 1950: o Cinema Novo. Ele era politizado e crítico ao cinema brasileiro, muito influenciado pelos EUA
Um de seus precursores foi Nelson Pereira dos Santos, com o filme "Rio, 40 Graus" (1955)
Já Glauber Rocha dirigiu filmes que marcaram o Cinema Novo, como "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), "Terra em Transe" (1967) e O "Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro" (1968)
Algumas obras desse movimento foram censuradas durante a Ditadura Militar. Nesse contexto, surge também a corrente Cinema Marginal ou Udigrúdi, que reforçava características do Cinema Novo
Em 1969, foi criada a Embrafilme, que financiava filmes que se alinhavam às exigências do governo militar
Nesse meio tempo, cineastas paulistanos, da chamada Boca do Lixo, passaram a produzir as pornochanchadas, filmes com muito conteúdo erótico e humor
Nos anos 1980, o cinema brasileiro enfrentou uma crise e em 1990 a Embrafilme deixou de funcionar. (Na imagem, Celso Amorim, diretor da Embrafilme)
A retomada aconteceu entre os anos 1992 e 2003, com filmes como "O Que é Isso, Companheiro?" (1997), de Bruno Barreto, e "Central do Brasil" (1998), de Walter Salles
O filme "Cidade de Deus" (2002), de Fernando Meirelles e indicado a quatro Oscars, também marcou essa retomada
O filme serviu como porta de entrada para outras grandes produções como "Carandiru" (2003), de Hector Babenco, e Tropa de Elite (2007) de José Padilha, um dos maiores sucessos brasileiros
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