A história de 'As Mil e Uma Noites'

"As Mil e Uma Noites" é um livro de contos árabes

Sabe-se que, originariamente, os contos derivam de lendas consagradas nas tradições orais da Índia, Pérsia, Egito e China, constituindo uma obra volumosa da qual existem várias versões

Se no tocante à sua origem há várias possibilidades, não resta dúvida de que foram os árabes que primeiro redigiram a obra, dando a "Noites" sua língua, sua cultura e sua religião

Provavelmente a partir do século 8º, inicia-se o processo de arabização e consequente islamização do material estrangeiro, ao qual posteriormente foram acrescentadas outras histórias

Tomado de ódio pelas mulheres, o sultão Shariar, que já havia matado a própria mulher e seu amante, decide desposar uma virgem a cada dia e, após a noite de núpcias, matá-la ao amanhecer

Até que a culta Sheherazade decide casar-se com o sultão para salvar as mulheres da fúria homicida que acometera o soberano

Consumado o casamento, durante a madrugada nupcial, a esposa inicia a narrativa de um conto e o interrompe ao raiar do dia, deixando curioso o sultão sobre o término da história

Concede-lhe ele mais um dia, e assim, sucessivamente, pois os contos de Sheherazade nunca chegam ao fim. A morte da sultana é constantemente postergada

Depois de mil e uma noites de histórias, Sheherazade é perdoada e a paz retorna ao reino

São desses contos que surgiram "Ali Babá e os 40 Ladrões", "Simbad, o Marujo", "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" e "O Tapete Mágico"

Numerosas foram as interpretações dadas às "Noites" e, até hoje, são elas objeto de estudo das várias áreas do conhecimento científico

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TEXTOS

Folha de S.Paulo

IMAGENS

Domínio Público/Wiki Commons

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Ana Luísa Moraes