À primeira vista, "Lost" parece uma série de aventura com um enredo pouco original: um avião cai no que parece ser uma ilha deserta e os sobreviventes precisam... sobreviver
Com o passar do tempo, a série, que estreou em 2004, começou a ganhar contornos mais definidos de ficção científica
Nos primeiros episódios, por exemplo, alguns dos sobreviventes encaram nada menos que um urso polar no que parecia ser uma ilha no meio do Pacífico
Além dos mistérios impostos pela ilha, que parece ter vida própria, os passageiros do vôo 815 entre Sydney e Los Angeles precisam lidar com os próprios dramas pessoais
Um dos grandes méritos de "Lost" foi ter usado com maestria os flashbacks nos roteiros dos episódios. Assim, o público podia conhecer os personagens para entender como foram parar ali
Além disso, a série é um prato cheio para que gosta de criar teorias e analisar pistas nas entrelinhas: nada é dito de maneira clara, o que abre espaço para horas e horas de conjecturas
Para que o público tenha material para discutir, a série mistura conceitos religiosos, filosóficos e científicos
Estarão mortos? Ou em um purgatório? São eles cobaias de uma experiência científica? Ou delírio da cabeça de um maluco? Não há resposta definitiva para nenhuma das hipóteses
Construídos para confundir, os episódios geralmente induzem a interpretações equivocadas. E (algumas) explicações vêm depois; às vezes, muitos capítulos depois
É por isso que rever a série tem um gostinho de primeira vez, como remontar um quebra-cabeça com peças que antes estavam faltando
Você costuma maratonar séries? Entenda esse comportamento: