A ideia de uma crise da metade da vida, ou crise da meia-idade, surgiu no início dos anos 1960 com um psicólogo canadense chamado Elliott Jaques
Enquanto estudava os hábitos criativos de 310 artistas famosos, como Mozart e Rafael, Jaques observou um traço em comum: quando os artistas chegaram à metade da casa dos 30 anos, sua produção criativa diminuiu
Alguns entraram em depressão. Alguns poucos cometeram suicídio. O psicólogo então observou essencialmente o mesmo padrão entre seus pacientes
Quando as pessoas se aproximavam da meia-idade, muitas tomavam consciência de que sua vida era finita e, com isso, relatavam ter medo de nunca alcançar suas metas
A teoria de Jaques foi bem aceita durante algum tempo. Mas várias pesquisas psicológicas mais recentes não constataram nenhuma ansiedade específica da meia-idade –ou até a desmentiram por completo
No entanto, uma pesquisa publicada em 2017 por dois economistas da Universidade de Warwick (Inglaterra) e do Dartmouth College (EUA), mostra que talvez realmente exista uma crise da meia-idade
No estudo, feito com 1,3 milhão de pessoas em 51 países, foi constatado que as pessoas relatam um declínio de felicidade que começa na casa dos 30 anos
O declínio continua até por volta dos 50, quando começam a sentir-se satisfeitas com a vida outra vez
Uma das possíveis explicações para os resultados da pesquisa é que eles refletem um efeito colateral geral da idade adulta contemporânea
A queda ocorre durante os anos de produtividade máxima das pessoas no trabalho. É também o período em que a maioria delas se casa, forma famílias, contrai dívidas e, possivelmente, sofre choques como divórcio ou desemprego
Isso significa que é possível que a crise da meia-idade esteja relacionada a fatores externos, não à idade em si
Além da crise de meia-idade, é comum começaram a surgir dores, como na lombar. Saiba como aliviar esse incômodo