O que é violência obstétrica?

Diariamente, mulheres são vítimas de violência obstétrica em consultórios e hospitais das redes pública e privada de saúde

A violência obstétrica pode incluir, entre outros:

• Procedimentos médicos não consentidos

• Violação de privacidade

• Recusa em administrar analgésicos,

• Violência física

• Abusos verbais

• Restrição da presença de acompanhante

Esse tipo de violação  vai desde a enfermeira que pede para a mulher não gritar na hora do parto normal até o médico que faz uma episiotomia indiscriminada

A episiotomia, corte entre o ânus e a vagina para facilitar a saída do bebê, tem altas chances de complicações, como sangramento e infecção

Apesar de a OMS determinar critérios e cautela para a adoção do procedimento, médicos fazem a prática de maneira rotineira

A manobra de Kristeller, que consiste em pressionar com força a parte superior do útero para agilizar a saída do bebê, também é uma violência obstétrica

A técnica pode causar lesões graves para a mãe, como fratura de costelas. Já os bebês podem sofrer traumas encefálicos 

Outros exemplos de violência obstétrica são a infusão intravenosa para acelerar o trabalho de parto (ocitocina sintética) sem consentimento e necessidade

O uso rotineiro de lavagem intestinal, retirada dos pelos pubianos (tricotomia) e exame de toque frequente para verificar a dilatação também entram na lista

São comuns os relatos de  humilhações praticados por parte dos profissionais de saúde que dizem frases como “se você não parar de gritar, eu não vou mais te atender”

Há muitos casos de agendamento de cesárea sem a real necessidade e recusa em dar bebida ou comida para uma mulher durante o trabalho de parto 

Mães que são impedidas de ter contato com o bebê e amamentá-lo logo após o parto também podem denunciar os profissionais de saúde

Vale lembrar que não é só no momento do parto que as mães estão expostas —violações durante o pré-natal e em casos de aborto também podem acontecer 

A forma como o bebê vem ao mundo também pode estar relacionada à violência obstétrica. Conheça os diferentes tipos de parto:

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Folha de S.Paulo

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Camylla Battani, Christian Bowen, Javier de la Maza, Rebekah Vos on unsplash, Sharon McCutcheon, Solen Feyissa/Unsplash, MART PRODUCTION/Pexels

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Ana Luísa Moraes