O que se sabe sobre o cigarro eletrônico

O cigarro eletrônico foi criado em 2003, e tinha como objetivo diminuir a dependência de nicotina, mas o tiro saiu pela culatra

O dispositivo, também conhecido como vape, funciona por vaporização, ao contrário do cigarro convencional, que queima por combustão

Eles contêm um líquido que é aquecido e gera o vapor aspirado pelo usuário. O que o torna prático é o reabastecimento, que permite manter o mesmo dispositivo por anos

Especialistas alertam que ele não ajuda a parar de fumar e ainda estimula novos fumantes

Isso porque, ao contrário do que boa parte das pessoas acredita, os cigarros eletrônicos possuem, sim, nicotina na sua composição

Ele é vendido como um produto menos prejudicial à saúde e, de fato, a carga da substância fornecida por esses dispositivos era mais baixa

Mas os atuais, pertencentes à terceira e quarta geração, são mais potentes, alerta a cardiologista Jaqueline Scholz

A vantagem que eles possuem é a de não conter alcatrão e monóxido de carbono, que seriam os responsáveis, no produto original, por causar infarto e tumores

Outras substâncias tóxicas estão presentes no líquido do vape, que juntas formam novas substâncias desconhecidas

Elas têm uma capacidade inflamatória que acarreta em problemas para a saúde respiratória e cardiovascular

O que preocupa os médicos em relação aos vapes é a velocidade com a qual esses eventos ocorrem, já que são necessários cerca de 20 anos de exposição ao cigarro para notar seus surgimentos

Seus principais consumidores são jovens, seduzidos pela praticidade e pelos sabores disponíveis

A AMB (Associação Médica Brasileira) estima que 650 mil pessoas sejam usuárias de cigarros eletrônicos no Brasil

Porém, eles são ilegais no país. Em 2009, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos

Dez anos depois, o órgão abriu discussão para uma possível atualização da Resolução

Está tentando largar o cigarro? Saiba como parar de fumar:

Sua assinatura ajuda a Folha a seguir fazendo um jornalismo independente e de qualidade

Veja as principais notícias do dia no Brasil e no mundo

TEXTOS

Maria Tereza Santos

IMAGENS

Jorge Cosme, Eduardo Knapp/Folhapress
Unsplash
Ben L/Giphy

PRODUÇÃO DE WEB STORIES

Vitória Macedo