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EM CIMA DA BOLA

 Flávio Araújo

O melhor do jogo foi o estádio

Dunga tem sido coerente em seus pronunciamentos. Chamou alguns novos para os amistosos contra Inglaterra e Turquia, mas pelo menos no primeiro jogo não os aproveitou. A isolada entrada de Afonso, metade do segundo tempo de um jogo amarrado, em que o que mais preponderou foi a marcação inglesa, foi pouco tempo para o rapaz mostrar o que pode e o que é lícito dele esperarmos. Creio que Dunga deve ter deixado Wembley com as mesmas dúvidas que tinha na cabeça quando chegou. Daniel Alves é na Espanha uma grande revelação. Na seleção ainda não mostrou que seja aquele que nos fará esquecer Cafu. Maicon é todo força física e pouco raciocínio. Mineiro é o melhor marcador que temos e sua função é bem diversa da que se espera de Edmilson, convenhamos, jogador que já viveu sua melhor fase na carreira. Do meio para a frente, nem de longe temos qualquer solução com Ronaldinho e Kaká fora da Copa América. Diego e Robinho devem jogar juntos e não aquele entrar no lugar deste. Os novos precisam jogar. Claro que tudo isto escrevo pensando na disputa da Venezuela, que é onde a seleção deve deslanchar no caminho das Eliminatórias para o próximo Mundial. Quem sabe no jogo contra os turcos, na terça-feira, ele defina melhor o porquê da chamada de Afonso. De resto, não merecíamos perder para os ingleses, e o gol de Diego trouxe justiça. O jogo só foi disputado, brilhante jamais. Wembley merecia muito mais.

  Flávio Araújo , jornalista e radialista escreve aos domingos neste espaço.
Correspondência para o E-mail: flaypi@uol.com.br


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