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A RECEITA DO DOUTOR

 Sócrates

Uma análise on-line do Magrão


16h50, primeiro tempo - um grande susto para aqueles que prediziam belos passeios brasileiros por gramados alemães - o que sempre foi uma grande falácia. A nossa seleção teve que depender de Zé Roberto para criar, porque Kaká, apesar do gol, e Ronaldinho não conseguiram jogar. Assim, nem deu para ver se Ronaldo e Adriano estão bem entrosados para compor o tal do "quadrado mágico'. Eles nem pegaram na bola! Por outro lado, depois deste gol - achado - no finalzinho da etapa, é possível que os croatas mudem a forma de jogo dando liberdade aos nossos craques. Senão, vamos ter que esperar que algo ilumine o banco de reservas para que Juninho e Robinho entrem em campo. Ainda é um jogo perigoso e traiçoeiro. Temos um belo adversário pela frente. 18h, segundo tempo - os croatas criaram mais coragem para atacar, mas nem por isso deixaram de impedir os nossos melhores jogadores de atuar como gostam. O resultado foi um tremendo sufoco. Só não resultou em um empate, ou coisa pior, graças aos chutes sempre no meio do gol ou da atenção do nosso goleiro. Até que o banco percebeu que não bastava defender, e que a chance de tragédia era iminente. Por isso, resolveram pelo menos em parte o nosso problema: colocaram o Robinho no gramado. A partir daí, equilibramos o jogo e a pressão amainou. Porque a liberdade de alguns que podiam jogar até então aumentou. Grande vitória contra um belo time que, espero, coloque os pés de todo mundo... no chão.

  Sócrates é médico, comentarista e ex-jogador de futebol


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