Próximo Texto | Índice

Ronaldo e mais dez contra a Austrália


MUNIQUE - Até a Nike sabe que ele foi ridículo em Berlim. O Muro da Vergonha era mais, digamos, dinâmico que o Fenômeno brasileiro. É um ponto (morto) pacífico. Daí a criar a primeira beligerância da torcida e da imprensa com a seleção é uma distância enorme.
Como a do Ronaldo de 2002 para o de 2006. Melhor: para aquele que esteve em Berlim e não jogou. Que deve ser outro daquele que estará aqui, no domingo.
É imperioso manter Ronaldo em campo e por mais tempo. Sobretudo contra Austrália e Japão. Deixá-lo no banco é um desserviço. Ele não ganharia o ritmo e nem perderia o peso necessários, e a seleção perderia um jogador como ele.
Zagallo fez algo parecido, em 1998. Giovanni não estava bem. Foi sacado no intervalo na estréia contra a Escócia. Não voltou mais, e o Brasil ficou com 21 jogadores na Copa. Em 1994, Parreira teve mais paciência com Raí. Até demais. Mas quando ele foi sacado, não retornou.
Também porque tanto ele quanto Giovanni são daqueles que se abatem com relativa facilidade. Acusaram o golpe. E caíram. Também porque faltou papo dos treinadores.
Ronaldo é diferente. Em tudo. Também por isso merece todo o carinho e respeito. E o tempo para se recuperar.
O que não é o caso de Adriano. Não só pela fase irregular. Também porque precisa de um atacante como Robinho. Além de uma cobertura melhor para a defesa. Papo para amanhã.

O nível da Copa caiu e não tem sido o ideal.
Mas, certamente, é melhor que os chatos que acham que só o Brasil joga. Gente que dorme durante o Mundial.


Próximo Texto: A hora da estréia
Índice

Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.