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PROTEJA SEU BOLSO
Maria Cristina Frias
Compare aplicações com os fundos
A pedido de leitores, voltamos a comparar aplicações
com o Tesouro Direto.
Desta vez, o foco é sobre os
fundos de investimentos
em renda fixa, muitos deles
oferecidos pelos bancos.
Muitas vezes, as instituições financeiras cobram
taxas altas, principalmente
de quem aplica menos de
R$ 5.000. Essas taxas,
quando elevadas, acabam
comendo grande parte do
rendimento que deveria ir
para o bolso do investidor.
Pela internet
O Tesouro Direto oferece a
negociação de títulos da
dívida do governo federal
pela internet (www.
tesourodireto.gov.br).
São os mesmos títulos públicos em que os fundos de
investimentos aplicam.
Mas, como no Tesouro Direto quem faz a aplicação é o
próprio investidor, o custo é
bem mais baixo.
Taxas
Não há as taxas de administração cobrada pelos
fundos. Apenas a taxa de
custódia, cobrada pela corretora, por intermediar a
operação de compra e venda dos títulos. Na maioria
dos casos vai de 0,35% a
0,5%. Mas fique atento, se
há corretora que não cobra
taxa alguma, como a Socopa, há bancos que cobram
taxas muito altas.
Juros
Se os títulos públicos renderem menos neste e nos
próximos anos, não apenas
a rentabilidade deles é afetada. Também os rendimentos dos fundos de renda fixa caem. Principalmente os fundos mais conservadores, que aplicam
mais em títulos públicos do
que em papéis de empresas
privadas, considerados
mais arriscados.
Quanto maior a chance de
uma empresa de dar um
calote, maiores os juros que
ela se compromete a pagar
para atrair investidores
para seus títulos.
Mas o que pode fazer com
que os títulos públicos rendam menos?
Juros mais baixos são uma
das razões. Por outro lado,
uma queda mais rápida e
forte da taxa básica de juros, a Selic, pode trazer ganhos em determinados títulos.
Há alguns dias, os títulos
da dívida interna do Brasil
receberam uma espécie de
selo de qualidade: tornaram-se o que o mercado financeiro chama de "grau
de investimento". Isso é
uma ótima notícia para o
Brasil. Significa que os investidores têm mais confiança nesses títulos porque acreditam agora que o
risco de o Brasil dar um calote e não pagar os credores é pequeno.
Com isso, mais gente investirá nos títulos do Brasil
como as LTNs (Letras do Tesouro Nacional), as NTN-B
(Nota do Tesouro Nacional,
série B) e as NTN-Fs.
Mais gente interessada numa aplicação mais segura
faz com que não se precise
pagar juros tão altos quanto o Tesouro Nacional pagava no passado para estimular o investimento em
seus títulos. Mesmo assim,
ainda vale a pena investir,
principalmente nos papéis
com vencimento mais distantes e vinculados à inflação, como as NTN-Bs.
Imposto
Só não se esqueça que o
imposto cobrado é maior
quando você deixa o dinheiro aplicado por pouco
tempo. Quem pode deve
tentar imaginar um horizonte de mais de dois anos,
ao menos, como prazo de
investimento.
É que, a partir desse período, o contribuinte pega a
menor alíquota de Imposto
de Renda, ou seja, 15%.
Para aplicações por menos
de seis meses, o IR é de
22,5%.
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