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Pagamento dos atrasados fica para 30 de maio

GRANA DA REVISÃO DEVERIA SER PAGA NESTE MÊS, MAS CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL COMEÇA SÓ EM MAIO A ENVIAR AS CARTAS PARA OS 20.190 APOSENTADOS

O Conselho da Justiça Federal informou ontem que o pagamento dos atrasados (as diferenças que não foram pagas nos benefícios nos últimos cinco anos) será adiado.
A grana seria paga neste mês para quem teve as ações julgadas em dezembro pelo Juizado Especial Federal Previdenciário. Agora, só deve sair após o dia 30 de maio.
O conselho já liberou R$ 171 milhões para o pagamento dos atrasados no Estado de São Paulo. Em média, cada aposentado deve receber R$ 10 mil, pagos à vista. Eles pedem a correção pela URV (Unidade Real de Valor), que chega a 39,67% do benefício.
Em dezembro, foram julgadas 20.190 ações. Os aposentados tiveram os benefícios reajustado a partir do pagamento do mês de março.
Segundo informações do juizado, a lista com os valores atualizados para o pagamento dos atrasados foi enviada no dia 30 de março para o Tribunal Regional Federal, que faria o encaminhamento ao Conselho da Justiça Federal.
Pagamento garantido

O ministro Ari Pargendler, coordenador-geral da Justiça Federal, disse que o pagamento das ações que já foram julgadas é uma questão de honra para o conselho.
Segundo Pargendler, o conselho nunca deixou de executar uma ordem judicial. Caso o pagamento dos atrasados não comece até o final de maio, o próprio juiz que emitiu a sentença pode pedir o seqüestro dos bens do INSS para honrar o pagamento. Os técnicos do conselho estão concluindo um estudo para saber qual é o valor da verba adicional que será pedida para que o INSS faça o pagamento.
O levantamento será feito com base no número de pagamentos feitos em abril e os programados para maio.
O conselho havia reservado R$ 948, 5 milhões para o pagamento das ações judiciais perdidas pelo INSS em 2004. Segundo o conselho, a verba acabou por conta do grande número de ações com pedido de revisão de aposentadorias que entraram na Justiça no final do ano passado. Só em março, foram gastos R$ 256 milhões. (Juca Guimarães)



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