Bahia quer ser terceira em média de público Agência Folha 21/11/97 21h17 De Salvador A FBF (Federação Bahiana de Futebol) resolveu usar o marketing para transformar o Campeonato Baiano no terceiro do Brasil em média de público. Entre as atrações que a FBF prevê para atrair os torcedores aos estádios estão os sorteios de prêmios populares (rádios, ferros elétricos e liquidificadores) em todos os jogos e um concurso que vai levar cerca de cem torcedores para acompanhar alguns jogos de sua equipe em qualquer cidade onde a competição seja disputada. No ano passado, o Baiano ficou em quarto lugar na média de público entre todas as competições estaduais disputadas no país -3.433 torcedores por jogo. O presidente da FBF, Virgílio da Costa Neto, 52, disse que as promoções elaboradas pelo departamento de marketing da entidade vão aumentar a presença dos torcedores nos estádios. A FBF vai dar à equipe vencedora do concurso dois ônibus para levar os torcedores a qualquer jogo. ''Os torcedores poderão escolher a cidade que a FBF vai bancar todas as despesas com a viagem'', disse Costa Neto. O dirigente explica que uma comissão formada por artistas, coreógrafos e representantes da FBF vai escolher a torcida organizada vencedora do concurso. Os critérios para o julgamento são coreografia, arte e não-violência durante as partidas. Segundo Costa Neto, o concurso para a escolha da melhor torcida organizada do Estado vai acontecer durante todo o campeonato. ''Vamos realizar o concurso pelo menos quatro vezes durante a competição.'' O presidente da FBF também pretende colocar em prática uma estratégia para reduzir a evasão de renda nos estádios baianos. ''Vamos promover um sorteio de automóvel em que o torcedor será obrigado a ficar com o canhoto do ingresso.'' Virgílio Elíseo disse que o sorteio do carro deverá acontecer somente depois de algumas rodadas. ''Além de estimular o torcedor a voltar ao estádio, vamos reduzir a evasão de renda.'' Fiscais da FBF já perceberam que alguns porteiros facilitam a entrada de torcedores sem ingresso. ''As pessoas não têm o costume de ficar com o canhoto do ingresso, e isso facilita a evasão de renda'', disse o presidente da FBF.
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