06/06/2010
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08h02
Comunicação por VoIP é usada por professores
BRUNA BORGES
DE SÃO PAULO
Na intenção de reduzir custos com deslocamentos, profissionais oferecem seus serviços de casa ou do escritório com programas de conferências de voz e imagem.
Um dos que adotam a tática é o professor de inglês Juarez de Oliveira, 51, que, bem antes de o Skype ser lançado, teve de transformar o ensino presencial em conferência.
Sistemas de comunicação por VoIP ganham os escritórios
A razão foi a mudança, em 1993, para Santos. Com trabalho em empresas na capital paulista, o trajeto diário tornou-se cansativo e caro.
Gradualmente, diz, foi convencendo os alunos a assistir às aulas pelo computador. Usava o Netmeeting, que na época apresentava limitações, principalmente de conexão. Depois, aderiu ao Skype, que permite teleaula com até quatro pessoas.
"Já perdi aluno porque a velocidade de conexão era muito ruim para usar Skype, mas hoje isso quase não acontece mais", conta.
Também é para dar aulas a distância com custo baixo que o curitibano Marco Carvalho, 30, professor de ioga, usa o Skype há dois anos. Oferece serviços a alunos de todo o país e de fora, com orientações em inglês a pessoas na Itália e na Alemanha.
"É uma alternativa, mas não substitui a aula presencial. Quando a conexão está ruim, não posso ver o exercício ou corrigi-lo", pondera.
Diversos tipos de consultoria também são feitos com auxílio desses programas.
É possível encontrar até orientação psicológica via internet. Anderson Xavier, do Insca (Instituto de Saúde Cognitiva Aplicada), oferece consultas "pontuais e focadas" por Messenger, Skype, Gmail e Google Talk. "Metade de meu tempo é para essa modalidade. Atendo pessoas sem tempo", diz.
O Conselho Federal de Psicologia limita a prática. Permite-a apenas a sites que solicitam uma credencial eletrônica que atesta a autorização do órgão. Há 71 sites cadastrados no país. Tratamentos longos como terapias e psicoterapias só podem ser feitos em consultórios.
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