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01/06/2008 - 14h46

Profissionais com mais de 40 voltam a entrar no foco

DENISE RIBEIRO
colaboração para a Folha de S.Paulo

Se, de um lado, o mundo corporativo começa a se ajustar com a chegada da geração Y, do outro, volta a olhar para quem, há pouco, vinha sendo cada vez mais deixado de lado: o profissional pós-40 anos.

O administrador Rogério do Carmo, 41, é um exemplo desse aparente reaquecimento. Assim que perdeu o emprego de supervisor de logística em 2007, imaginou que seria difícil encontrar recolocação, tendo em vista a faixa etária considerada "ideal" pelos anúncios que consultava -de 25 a 40 anos.

Contrariando suas expectativas, em apenas dois meses es-tava outra vez na ativa, em uma empresa de perfil mais jovem. O que o deixa ainda mais surpreso é que as propostas de trabalho não param de chegar.

"Mudei do setor de autopeças para o de confecção de "surfwear". O cargo é o mesmo, e o salário, semelhante, mas os benefícios, melhores", afirma. Uma das vantagens é o subsídio de 50% para a pós-graduação.

Para Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br, a preferência por profissionais mais jovens segue predominante, mas hoje há espaço para os mais experientes.

O segredo é fazer da idade uma vantagem competitiva. "O homem que é "jovem há mais tempo" constitui um perfil desejado por empresas para os cargos importantes", destaca Abrileri, que recomenda interagir com blogs, praticar esportes e ter hábitos saudáveis.

Mente aberta

Formada em história e com MBA em administração, Alexandra Maria Teixeira Alvarez, 44, é gerente de faturamento de uma clínica oftalmológica. Está feliz no novo trabalho, mesmo ganhando menos do que no emprego anterior.

"Tenho mais qualidade de vida", ressalta Alvarez, que diz enfrentar hoje as dificuldades com mais humildade e paciência, "sem o ímpeto da juventude", e se sentir "mais aberta".

Na avaliação do consultor de carreira Renato Waberski, o Brasil ainda é muito preconceituoso em relação à idade, mas há um aumento da demanda por profissionais experientes nos últimos 18 meses. "Hoje estamos recolocando executivos com até 59 anos", comenta.

O profissional mais valorizado tem "cabeça moderna", não se abate com a idade e corre atrás de atualização, como formação contínua e idiomas. "Tem de ser proativo e garimpar as chances", diz Waberski.

Escarafunchar a internet atrás de novidades na área de tecnologia sempre foi um hábito de Artur Borioli, 44, demitido em novembro do ano passado e recolocado em março.

Consultor da área comercial para o mercado corporativo de uma autorizada da TIM, Borioli atualiza diariamente suas leituras on-line. "Hoje todo mundo é muito antenado. Não dá pra correr o risco de deixar um cliente sem resposta", ensina.


     

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