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29/03/2009 - 10h51

Idosos veem vagas fecharem em ritmo maior que o da média

RAQUEL BOCATO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Na recente dança das cadeiras, um grupo de trabalhadores tem sentido os impactos da crise com muita intensidade: os que têm longa experiência.

Entre profissionais com 65 anos ou mais no Estado de São Paulo, o índice de abertura de vagas foi negativo --de -8,6%-- entre janeiro e dezembro de 2008. Entre todas as faixas etárias, houve incremento de profissionais --de 4,3% no período.

No país, dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que, entre janeiro e dezembro de 2008, 21.322 pessoas com 65 anos ou mais foram desligadas. Numa projeção para este ano para essa faixa etária, os desligados chegariam a 35.099.

A professora da área de métodos quantitativos da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) Alessandra Montini explica que obteve a projeção com base em um cenário otimista. "Os dois primeiros meses do ano tiveram resultados piores do que a projeção", esclarece.

Em São Paulo, a parcela que apresentou a maior variação entre os que saíram do mercado formal de trabalho foi a de 40 a 64 anos. Passou de 18,8%, de 2005 a 2007, para 19,7% em fevereiro de 2009. No país, para trabalhadores dessa faixa etária, os valores são 19,1% e 19,3%, respectivamente.

O cálculo, feito pelo Observatório do Emprego e do Trabalho, toma o Caged como base e considera o período de 2005 a 2007 como referência, por ser tido como "normal" para estimar o perfil dos desligados.

Novo panorama

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, nas negociações, os sindicatos "priorizam quem já tem renda para o desligamento".

O pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) Eduardo Zylberstajn indica outro fator. Quando o corte é para reduzir custos, os primeiros desligados são os que têm salários maiores.

A tensão nas empresas, criada pela pressão de obter resultados após a crise, também afasta profissionais. "A aposentadoria já estava em maturação e é pedida nesse momento", sinaliza o consultor da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) Luiz Simões.

Para Yassuko Saito, 57, a chance de se desligar veio em 2004. Naquele ano, o banco no qual trabalhava abriu um plano de demissão voluntária.

Seis meses depois, conseguiu trabalho como corretora de imóveis. "Faço meus horários."


     

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