13/06/2010
-
10h51
Arredores do metrô concentram demanda por imóveis
EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS
Daniel Marenco/Folhapress |
|
Ana Cecilia Amorim e o marido Cristiano Del Valle, economista, optaram por alugar apartamento e adiaram a compra do imóvel |
Preços em alta e falta de oferta são os grandes empecilhos para quem procura um imóvel para alugar na cidade de São Paulo.
Essas condições são verificadas em regiões periféricas --caso de distritos da zona leste--, mas marcam sobretudo o mercado de locação de áreas centrais da cidade.
"Pela mobilidade que oferecem", diz Cicero Yagi, consultor imobiliário e responsável pelas pesquisas do Secovi-SP (sindicato do setor).
"É a principal variável de decisão", afirma. E é por essa razão que "as maiores altas se concentram no eixo do metrô, como no trecho entre as estações Ana Rosa e Jabaquara [zona sul]", cita.
Um exemplo de distrito valorizado é o de Pinheiros (zona oeste). A demanda perto da rua Teodoro Sampaio é de "jovens estudantes ou executivos solteiros na faixa de 25 anos", define a corretora Graça Araújo, que atua no local.
Eles alugam apartamentos de um quarto, 30 m2 e três anos de idade por valores de R$ 1.100 a R$ 1.300, mais R$ 350 de condomínio e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), afirma a corretora.
Em Moema (zona sul), outra região valorizada, a administradora de empresas Ana Cecília Amorim, 27, avalia que teve sorte ao alugar um apartamento de 120 m2 "em andar alto" por R$ 2.200 mensais: "Foi um achado".
Recém-casada, ela diz ter desistido da compra de um imóvel. "Os preços estão inviáveis onde queremos morar --Moema, Vila Olímpia [zona oeste] e Itaim [idem]. No imóvel que alugamos, é preciso arrumar algumas coisinhas, mas vamos abater os gastos das mensalidades."
O centro ainda é uma opção para quem quer alugar, em bairros como Santa Cecília, Campos Elíseos, Liberdade e República, onde boa parte dos imóveis se destina à locação, caracteriza Yagi.