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20/04/2008 - 23h41

Portadores de deficiência física se sentem incluídos ao volante

DENISE RIBEIRO
Colaboração para a Folha de S.Paulo

Na falta de dados específicos sobre os motoristas deficientes, chama a atenção uma estatística da ONU, segundo a qual existem, no planeta, 650 milhões de portadores de algum tipo de deficiência --1 em cada 10 habitantes, a maioria em países em desenvolvimento.

No Brasil, são 24,5 milhões de pessoas --14,5% da população--, segundo o censo de 2000. Em São Paulo, o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) conta as CNH (Carteira Nacional de Habilitação) especiais: 53.963 na capital e 128.302 no resto do Estado.

Mas esse contingente tende a crescer. A cada dia, 500 brasileiros tornam-se deficientes em conseqüência de acidentes (de trânsito, por quedas ou com armas de fogo, por exemplo) e doenças que deixam seqüelas.

Para incentivar a mobilidade, a legislação isenta deficientes e seus condutores de impostos na compra de carros zero-quilômetro. Mas, para ter acesso ao benefício, é preciso se enquadrar numa lista de patologias previstas em lei e passar por perícia médica.

A lista de deficiências vai bem além das mais conhecidas, como a paraplegia e a tetraplegia. Apenas um exame detalhado detecta se a mulher que extirpou um seio teve perda funcional do braço ou até que ponto uma artrose compromete os movimentos do joelho.

Para não ter de enfrentar, por exemplo, calçadas esburacadas e não-adaptadas, um carro facilita bastante o dia-a-dia. O nadador Adriano Gomes de Lima, sete medalhas de ouro no Parapan Rio 2007, resume bem o sentimento: "No meu carro, eu me sinto cidadão".

"Dirigir me dá liberdade e autonomia. Atrás do volante me sinto igual às outras pessoas, como se não fosse paraplégico", afirma Robson Aparecido Jerônimo, que coordena o programa para portadores de deficiência da concessionária André Ribeiro (Honda).

Jerônimo está acostumado a esse mercado aquecido. Em 2006, foram 15 mil as vendas para esse público específico; no ano passado, 20 mil. Mas ainda é pouco num mercado de 2,3 milhões de unidades.

"Mais de R$ 800 milhões foram movimentados com venda de carros e adaptações", diz Rodrigo Rosso, diretor da Reatech --7ª Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que começa na quinta-feira.


     

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