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04/10/2009 - 10h15

Agora com cabine estendida, Saveiro perde para Montana na relação custo-benefício

FELIPE NÓBREGA
da Folha de S.Paulo

A história da Saveiro é parecida com a de Shoichi Yokoi, o soldado japonês que passou quase 30 anos escondido numa selva asiática pensando que a Segunda Guerra Mundial não tinha acabado.

Foi o mesmo tempo que a picape da Volkswagen esperou para ganhar uma geração realmente inovadora, afinal, aqueles concorrentes do seu início em 1982 nem existem mais.

Sua nova missão? Recuperar o terreno perdido para a Fiat Strada, líder há nove anos.

Mas, antes, a Saveiro precisa superar as vendas da vice-líder Chevrolet Montana, que, no quesito disposição para o trabalho, leva vantagem em relação à rival remodelada por causa do maior espaço para carga.

Entretanto, há quem acredite que a representante da VW perca a batalha laboral, mas não a guerra comercial.

Em comparação com a geração anterior, a Saveiro ganhou mais espaço na caçamba e, enfim, opção de cabine estendida.

Passou também por melhorias de dirigibilidade. A suspensão, por exemplo, parece feita para quem gosta de transitar com o veículo sem muita carga.

Nessa condição, o utilitário da Volks é praticamente imbatível em relação aos rivais. Mérito das molas progressivas e das bitolas posteriores emprestadas do Golf, que amenizam aquela sensação de "pula-pula" da traseira quando roda vazia.

Até o entre-eixos do Gol, alongado em 152 mm, caiu bem na picape. Com tanto espaço, deu para instalar o degrau lateral igual ao da Montana.

Mas o desenho da caçamba da Saveiro é inspirado mesmo no da Amarok, utilitário médio que a marca promete lançar no início do próximo ano para competir com a Toyota Hilux.

Pelada

A frente da Saveiro, se não fossem os apliques pretos nos para-lamas, seria idêntica à do Voyage. É assim até na configuração "radical", a Trooper, que custa R$ 38.990.

Nela, não estão inclusos o pacote com ar-condicionado e trio elétrico (R$ 3.460) nem o com airbag e ABS (R$ 2.675).

Mesmo despida das calotas e do conta-giros do motor 1.6 (104 cv), a Saveiro cabine simples ainda é R$ 725 mais cara que a Montana 1.4 (105 cv), que, se está longe de ser referência de luxo, ostenta a maior caçamba do segmento.

São 1.143 l de capacidade, ante 734 l da rival. O utilitário compacto da Chevrolet também é o único que carrega até 730 kg, cerca de 7% além da Strada com sua suspensão traseira com feixe de mola.

A Montana ainda tem preço atrativo --R$ 30.265, menor até que o da veterana Ford Courier (R$ 30.600).
Em 1972, assim que foi encontrado na selva, o soldado Yokoi chegou a pensar que aquela seria sua última batalha.

Saveiro e Montana ainda têm o duelo de desempenho e de economia na pista de teste.


     

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