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15/11/2009 - 11h01

Muro isolou Trabant, que morreu após "ver" progresso ocidental

FELIPE NÓBREGA
da Folha de S.Paulo

No dia 9 de novembro de 1989, o muro da discórdia que dividia a Alemanha em duas foi derrubado por marteladas de intolerância. Cada novo pedaço de concreto que se esfarelava no chão evidenciava as diferenças econômicas entre elas, então administradas por regimes políticos bipolares.

Vassil Donev/Efe
Búlgaros desfilam em Trabants em festa pelo 20º aniversário da queda do Muro de Berlim
Búlgaros desfilam em Trabants em festa pelo 20º aniversário da queda do Muro de Berlim

Era a oportunidade de os alemães orientais se livrarem do socialismo decadente. Com medo da reconstrução do Muro de Berlim, muitas pessoas cruzaram a fronteira em espartanos Trabant, que logo se misturaram aos modernos Mercedes-Benz do lado próspero.

"Naquela época, os motoristas da Alemanha Oriental não tinham outra opção a não ser o Trabant, que era desconfortável e defasado tecnologicamente. Engatar uma marcha era um malabarismo", lembra o professor alemão Frank Usarski, 56, residente há 11 no Brasil.

Além disso, a produção era tão restrita que o interessado esperava até 15 anos para recebê-lo. De 1957 a 1991, saíram da fábrica de Zwickau (ex-Audi) cerca de 3 milhões de unidades.

Fumacê

A maioria dos Trabant era equipada com motor dois tempos de até 26 cv, que soltava tanta fumaça quanto um fumacê atual de combate à dengue. Aliás, há um ano, aficionados até guardaram essa fumaça em latas, vendidas por 3,98. O carrinho, porém, não resistiu ao capitalismo. Para decompor a resistente fibra de algodão que moldava a carroceria, foi necessário desenvolver um fungo específico.

Hoje, por cerca de 50, é possível transitar em um Trabant pelos arredores de Berlim e voltar ao tempo da Alemanha da Guerra Fria.

"Mas o muro ainda existe na cabeça de muitos moradores da região, pois as desigualdades culturais ainda perduram, e assim será por mais algumas gerações", prevê o professor Usarski, que hoje sorri quando lembra do velho Trabant.

Comentários dos leitores
Chris Maria (231) 11/11/2009 17h30
Chris Maria (231) 11/11/2009 17h30
"Os 192 Estados-membros da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) consagraram nesta quarta-feira o dia 18 de julho como Dia Internacional Nelson Mandela"
► Uma pessoa extraordinária. Parabéns!
5 opiniões
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Elton Santos (9) 10/11/2009 17h03
Elton Santos (9) 10/11/2009 17h03
O Muro de Berlim foi brincadeira de criança comparado a outro muro que não separa mais o primeiro do segundo mundo pois este já não existe mais e sim o que separa o primeiro do terceiro. O Muro da fronteira do Estados Unidos com o México representa justamente isso: As classes abastadas devem estar seguras das que servem apenas como consumidoras nessa nova desordem mundial baseada no capital. Nessa fronteira se mata muito mais, as diferenças são muito maiores mas isso não importa não é mesmo? A democracia é um patrimônio que a humanidade não pode abrir mão nunca mais, mas não podemos também justificar com ela o extermínio através da fome e miséria que o mundo presencia causado pelo neo-liberalismo. 9 opiniões
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Juca Bala (84) 10/11/2009 11h33
Juca Bala (84) 10/11/2009 11h33
Foi bonita a festa de comemoração da queda do muro de Berlim e do fim do símbolo de um regime desumano e retrógrado. Será que o Chico vai cantar "Foi bonita a festa pá" rsrsrs. "A queda do muro --escreveu João Paulo 2°-- como a queda de perigosos simulacros e de uma ideologia opressiva, demonstraram que as liberdades fundamentais, que dão significado à vida humana, não podem ser reprimidas nem sufocadas por muito tempo".(Ou viva o neo-liberalismo) Santas palavras... ainda não aprendidas pelos muitos cabeças de bagre por aqui. 5 opiniões
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