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Após 20 anos, chanceler diz que unificação alemã ainda não é completa
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da Folha Online
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta segunda-feira que 20 anos depois da queda do Muro de Berlim, a unidade da Alemanha ainda não foi alcançada completamente, especialmente na economia.
"A unidade alemã não foi alcançada ainda completamente porque entre o Leste e o Oeste continuam existindo diferenças estruturais", destacou a chanceler, em uma entrevista ao canal público de televisão ARD, no dia em que o país celebra o aniversário da queda do Muro, em 9 de novembro de 2009.
Fabrizio Bensch/Reuters |
Chanceler alemã, Angela Merkel (centro), assiste missa pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim; cidade faz festa da liberdade |
Em 20 anos, 1,3 trilhão de euros (cerca de R$ 3,35 trilhões) foram transferidos do Oeste para o Leste da Alemanha para financiar a modernização da antiga RDA.
Segundo o instituto de pesquisas IW, a riqueza da antiga Alemanha Oriental equivale atualmente a 70% na antiga Alemanha Ocidental, em termos de Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, contra apenas 30% em 1991.
Por 40 anos, o lado oeste da Alemanha viveu sob um regime capitalista controlado por França, Inglaterra e Estados Unidos e injetado com cerca de US$ 3,3 bilhões do Plano Marshall --o plano de reconstrução europeia desenvolvido pelo então secretário de Estado americano, George Catlett Marshall, que apagou as marcas da guerra e construiu um país competitivo e desenvolvido.
Já o lado leste, viveu sob um regime socialista que priorizava a indústria pesada de exportação como forma de compensação aos danos causados pelos alemães à União Soviética, uma política que não priorizava a produção de bens de consumo e que negligenciava a infraestrutura já danificada da região.
"Devemos abordar o problema se queremos alcançar níveis de vida iguais no Leste e no Oeste", completou Merkel, recordando que o desemprego na antiga República Democrática da Alemanha (RDA) continua sendo duas vezes superior ao da antiga República Federal da Alemanha (RFA).
Merkel, que cresceu na Alemanha Oriental e entrou para a política depois da queda do Muro, reiterou que o "imposto de solidariedade" pago pelos alemães para financiar a reunificação "continua sendo necessário".
Festa da liberdade
Merkel participou na manhã desta segunda-feira da missa ecumênica na igreja de Gethsemane, junto ao presidente alemão, Horst Köhler, que deu início aos atos comemorativos pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim.
Pouco depois da celebração, o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, visitou a Capela da Reconciliação junto ao antigo posto fronteiriço de Bernauer Strasse, onde foram acesas dúzias de velas em memória das pessoas que morreram ao tentar atravessar o Muro de Berlim para fugir para o lado ocidental.
No mesmo local também foi inaugurado um centro de informações sobre o Muro com imagens e vídeos sobre a estrutura.
Os atos para comemorar o 20º aniversário terminarão na noite desta segunda-feira com a "Festa da Liberdade" em frente ao Portão de Brandemburgo, à qual foram convidados diversos líderes de Estado e de Governo de todo o mundo.
A festa contará com a apresentação de bandas alemãs e internacionais, como a banda Bon Jovi ou o DJ Paul Van Dyck, entre outros.
O ato solene terminará com a derrubada de uma simbólica cadeia de peças gigantes de dominó de 1,5 quilômetros de comprimento ao longo do traçado do antigo Muro de Berlim, pintadas por diferentes artistas e estudantes para lembrar o fim da divisão da cidade, da Alemanha e da Europa.
Simultaneamente, milhares de pessoas formarão uma corrente humana de 33 quilômetros ao longo da antiga divisa entre os setores oriental e ocidental.
Com agências internacionais
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