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1992
Novembro |
Paulo Maluf vence
Eduardo Suplicy (PT) na disputa pela Prefeitura de São
Paulo. Pitta, então diretor da Eucatex, empresa da família
de Maluf, é escolhido secretário das Finanças, após a
desistência de um nome anteriormente escolhido |
1996 |
Maluf convida pré-candidatos
do PPB à sua sucessão para gravarem uma fita de vídeo.
Especialistas norte-americanos em marketing dizem que
Pitta tinha qualidades acima da média diante das câmeras.
É escolhido o candidato do PPB |
Outubro |
Evelson de
Freitas - 16.jun.96/Folha Imagem
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Aparece nas primeiras
pesquisas eleitorais em maio com 2% das intenções dos
votos. No primeiro turno, em 3 de outubro, obtém mais
de 48% dos votos válidos |
Novembro |
Cleo Velleda
- 01.jan.97/Folha Imagem
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No segundo turno,
em 15 de novembro, Pitta é eleito prefeito com 62,3% dos
votos válidos, contra 37,7% de Luiza Erundina (PT). No
dia 26, o Senado cria CPI dos Precatórios. Pitta é acusado
de, na condição de secretário das inanças de Paulo Maluf
(93-96), ter emitido R$ 3,2 bilhões em títulos para pagar
dívidas no valor de R$ 1,9 bilhão, desviando a diferença
para outros fins |
1997
Fevereiro |
Um relatório do
Banco Central afirma que Pitta fez operações que deram
prejuízo de R$ 10,7 milhões entre 94 e 96, ao vender títulos
para corretoras a preços inferiores aos de mercado e depois
recomprá-los por valores exorbitantes |
Abril |
O Ministério Público
abriu uma investigação sobre o Frangogate, que investigava
o fornecimento irregular de frangos para as escolas da
prefeitura entre agosto de 1996 a fevereiro de 1997 pela
empresa A D’Oro (pertencente Fuad Lutfalla, irmão de Paulo
Maluf), que por sua vez comprava frangos vivos da Obelisco,
de Sylvia Maluf (mulher de Maluf) |
Agosto |
O relatório final
da CPI dos Precatórios menciona a compra de um Vectra
para Nicéa Pitta com um cheque da Comercial Distribuidora
Photografy Ltda. A compra teria sida intermediada por
um doleiro. O Banco Vetor, que negociava precatórios da
prefeitura paulistana, aluga um carro Tempra para Nicéa.
O Ministério Público abre processos contra Pitta por causa
do desvio do dinheiro dos precatórios e dos prejuízos
causados pela negociação de títulos da dívida municipal |
Dezembro |
Pitta é condenado
no processo pelos prejuízos nas negociações com títulos
públicos e tem os bens bloqueados, mas recorre |
1998
Março |
Pitta é condenado
no processo sobre o desvio do dinheiro obtido com a emissão
dos precatórios, mas também recorre. |
Maio |
No dia 24, Duda
Mendonça, publicitário da campanha de Maluf, ataca Pitta:
“Se o Pitta chegar ao final do mandato do jeito que está
hoje, vou ficar profundamente decepcionado”. Pitta reage:
“O senhor Duda Mendonça deveria fazer é imediatamente
renunciar ao contrato que tem com a prefeitura para promover
a sua imagem, uma vez que, além de não fazê-lo, ainda
a critica” |
Agosto |
Fernanda Coronado -
08.ago.97/Folha imagem
Paulo Maluf e sua mulher Sylvia desembarcam
em Cumbica voltando da Inglaterra. |
Começa o horário
eleitoral. No dia 18, Maluf critica Pitta na TV: “Eu pedi
para vocês votarem no Pitta. E mais: eu disse a vocês
que, se o Pitta não fosse um grande prefeito, vocês nunca
mais votassem em mim. É verdade que o Pitta começou muito
mal”. Em resposta, Pitta ataca malufistas: “Concordo com
a afirmação de que comecei muito mal. Isso porque (...)
mantive no governo pessoas ligadas ao ex-prefeito que,
além de não contribuírem em nada com a minha administração,
só atrapalharam”.
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Novembro |
Maluf perde o segundo
turno da eleição para governador para Mário Covas (PSDB).
Pitta afasta antigos secretários de Maluf que tinham sido
mantidos na sua administração
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Dezembro |
No dia 2, o então
chefe dos fiscais da Regional de Pinheiros é preso tentando
extorquir R$ 20 mil de uma comerciante. Novas denúncias
levam à prisão de vários fiscais que recebiam propina
de camelôs e entregavam parte do dinheiro aos vereadores
que controlavam as administrações regionais.
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No dia 17, Maluf
diz que “desde o final de outubro parece que o prefeito
Celso Pitta mudou” e passou a criticar seus aliados e
programas que ele tinha lançado. Pitta nega o rompimento,
mas diz que Maluf não foi leal com ele: “Nós temos, talvez,
algum destino político diferente. Não opostos. Talvez,
diferentes” |
No dia 24, Nicéa
diz que 98 tinha sido o “ano da libertação” do casal e
revela que votou em Covas no primeiro turno
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1999
Março |
No dia 25, Pitta
deixa o PPB dizendo que houve “uma certa ingratidão” do
seu antecessor. Maluf havia dito no dia anterior que não
tinha nada a ver com a atual gestão |
Abril No dia 23,
Maluf pede desculpas aos paulistanos por ter recomendado
a eleição de seu sucessor, Celso Pitta, em 96. “Espero
que Deus me dê força para resgatar as consequências dessa
escolha”, diz Maluf. “Ele é traidor dos votos que recebeu”
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Frases
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"Não
vai mais ter vagabundo dando sopa na prefeitura. Lugar
de desonesto e de safado é na cadeia. Não vai ficar barato
não. (A CPI) vai pegar peixe pequeno e grande também."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (PPB), fazendo,
pela primeira vez, uma defesa enfática da abertura de
CPI para apurar as denúncias de corrupção nas administrações
regionais.
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 02/03/1999 |
"Vou
sair incólume."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo, sobre a CPI dos
precatórios, ontem no "Jornal do Brasil".
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 19/03/1997 |
"É
uma situação que não me preocupa."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
sobre a possibilidade de passar por um processo de impeachment
na Câmara dos Vereadores, ontem na Folha.
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 31/03/1999
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Abril |
Frases
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"Hoje
é tolerância zero para a corrupção. Este governo agora
tem sua identidade."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido).
Fonte: O GLOBO
Data de publicação: 04/04/1999
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Maio |
No dia 20, vereadores
governistas na Câmara de São Paulo arquivam o processo
de impeachment contra Pitta por 30 votos a 19, e impedem
o prosseguimento da CPI sobre a máfia dos fiscais |
Frases
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"É
até uma malvadeza pensar que tudo de errado que acontece
na prefeitura a culpa é do Pitta."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido).
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 16/05/1999 |
"Quem
está contra mim quer a volta da bandalheira e da corrupção."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
cujo impeachment será analisado pela Câmara Municipal.
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 16/05/1999 |
"Você
conhece na política recente pessoa que tenha sido mais
investigada do que eu? Que tenha tido sigilos bancário,
telefônico e fiscal quebrados e que nada tenham encontrado?
Não sobrou nada dessa devassa. Não pouparam nem minha
família. Para ser mais preciso, nem meu cachorro."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido).
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 16/05/1999 |
"Esqueça
de mim, Paulo Maluf."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
respondendo a críticas do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
Fonte: O ESTADO DE S.PAULO
Data de publicação: 19/05/1999 |
"Tenho
a convicção de que esse relacionamento é irreconciliável."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
sobre o rompimento com o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
Fonte: O ESTADO DE S.PAULO
Data de publicação: 21/05/1999 |
"Agradeço
ao povo da cidade por todos os momentos em que mostrou
solidariedade. E agradeço também a minha mulher e meus
filhos, que sofreram junto comigo."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido), comentando
o fim do processo de impeachment.
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 21/05/1999 |
"Quero
agradecer o voto de confiança que recebi da Câmara. Botamos
uma pedra nessa novela que só interessava aos que queriam
a volta da falcatrua e da bandidagem."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
sobre o arquivamento do pedido de impeachment.
Fonte: FOLHA DE S.PAULO
Data de publicação: 22/05/1999
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Julho |
No dia 30, a assessoria
de Maluf diz que irregularidades no PAS ocorreram após
a saída de Maluf e o “caso é de competência da polícia”.
Pitta diz: “Se virou um caso de polícia, a polícia deve
ir atrás dele (Maluf). Ele é que montou essa questão chamada
PAS” |
Frases
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"Você
pode carimbar com todos os termos. O sistema que hoje
é instituído na cidade tem um grau de controle que o anterior
não tinha. Se ele é à prova de propina? Acredito que está
bem próximo dessa situação."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
sobre a substituição do PAS (Plano de Atendimento à Saúde)
pelo Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde).
Fonte: O ESTADO DE S.PAULO
Data de publicação: 31/07/1999
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Agosto |
No dia 11, após
revelação de irregularidades no Centro de Apoio Social
e Atendimento, do qual Nicéa era presidente de honra,
Pitta nomeia um presidente para o órgão à revelia de sua
mulher. Nicéa ameaça se divorciar: “Estou dormindo com
o inimigo!” |
No dia 17, ela viaja
para Nova York, onde vive com dinheiro recebido do advogado
Jorge Yunes, já que Pitta tem os bens bloqueados. |
Frases
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"Não
só como prefeito, mas também como cidadão apóio a averiguação
de todas essas denúncias e estou na expectativa que uma
satisfação seja dada à opinião pública, porque da maneira
que está evidentemente não poderá ficar."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (sem partido),
afirmando que apóia a criação de uma nova CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias
de corrupção contra vereadores.
Fonte: O ESTADO DE S.PAULO
Data de publicação: 10/08/1999
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Setembro |
Frases
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"Todo
político desocupado, que não tem nada a fazer, está se
candidatando à Prefeitura de São Paulo."
Celso Pitta, prefeito de São Paulo (PTN), reagindo
ao lançamento das candidaturas de seu vice, Régis de Oliveira,
e do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Fonte: ÉPOCA
Data de publicação: 27/09/1999
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Outubro |
No dia 30, Nicéa
diz que vai retornar para São Paulo e assumir uma secretaria
(“Eu sou política desde que nasci”). Nega que tenha rompido
com Pitta e afirma que o prefeito precisa demitir três
secretários (Jorge Pagura, Carlos Meinberg e Alda Marco
Antonio). Pitta descarta as demissões
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15 de novembro
de 99 |
Nicéa volta dos EUA e ameaça ir
à Justiça caso seja impedida de reassumir a presidência do
Casa (Centro de Apoio Social e Atendimento). “O cargo me pertence.
Mesmo que o prefeito decida que eu não possa ficar por algumas
razões. Ele terá de provar por meio legal quais são essas
razões”. Diz que Pitta já deixou o apartamento do casal
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16 de novembro
de 99 |
Nicéa afirma que não vai mais se
separar de seu marido. Declra que retira tudo o que falou
sobre o marido. A reconciliação, segundo ela, foi patrocinada
pelo empresário Jorge Yunes.
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Dezembro de
99 |
No réveillon, nova crise no casal.
Nicéa embarca para Nova York novamente. Pitta comemora a festa
do Ano Novo com o principal alvo das críticas de sua mulher,
o secretário de Governo, Carlos Augusto Meinberg, em um camarote
na avenida Paulista
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25 de janeiro
de 2000 |
Otavio dias de
oliveira - 25.jan.2000/Folha Imagem
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Nicéa Pitta reaparece ao lado de
Pitta durante a missa em comemoração aos 446 anos da cidade.
A última solenidade em que o casal havia sido visto junto
foi justamente a festa pelo aniversário de São Paulo em 1999
|
9 de março
de 2000 |
Durante o Carnaval, Nicéa procura
a Rede Globo para uma entrevista em que se diz disposta a
revelar corrupção envolvendo o marido e políticos brasileiros.
A entrevista vai ao ar em 10 de março
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16 de março
de 2000 |
O Tribunal de Justiça de São Paulo
cassa por unanimidade o prefeito Celso Pitta. Os advogados
do prefeito preparam recurso
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20 de março
de 2000 |
A Ordem dos Advogados do Brasil
decide preparar um pedido de impeachment do prefeito para
encaminhar à Câmara Municipal
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22 de março
de 2000 |
Pitta é convocado pela Comissão
de Assuntos Econômicos do Senado para explicar irregularidades
na emissão de precatórios e na rolagem da dívida de São Paulo.
O filho do prefeito, Victor Pitta, confrma as denúncias da
mãe em depoimento a promotores
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24 de março
de 2000 |
A Justiça de São Paulo determina
o afastamento do prefeito Celso Pitta por suspeita de enriquecimento
ilícito
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27 de março
de 2000 |
Após conseguir derrubar na Justiça
a liminar que o impedia de exercer o cargo, Pitta volta à
prefeitura. Nos dois dias en que permaneceu afastado, o prefeito
não apareceu em público.
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31 de março
de 2000 |
Ministério Público apreende 15 computadores
e três caixas de documentos do gabinete de Carlos Augusto
Meinberg, secretário de governo de Pitta. A Procuradoria Geral
de Justiça emite uma nota informando que a apreensão foi motivada
por denúncias de corrupção na administração pública de São
Paulo
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1 de abril
de 2000 |
Divulgada na imprensa uma lista
contendo nomes de vereadores relacionados com supostos valores
que havia sido recebida pelo Ministério Público na semana
anterior. Segundo os promotores do MP, foi o recebimento desta
lista que motivou uma busca na casa e no gabinete de Carlos
Augusto Meinberg.
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25 de maio
de 2000 |
TJ determina afastamento de Pitta. Ele recorre ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), que nega a liminar para que ele volte ao cargo.
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26 de maio
de 2000 |
Pitta entrega o cargo a Regis de Oliveira. Todo o secretariado pede demissão. Pitta promete voltar ao cargo. |